Senado deixa para amanhã PEC dos auxílios que blinda Bolsonaro na lei eleitoral
O projeto estipula um pacote social de R$ 38,75 bilhões para reduzir os impactos da crise dos preços dos combustíveis

Ferreira Gabriel
Publicado em: 29/06/2022 às 18:46 | Atualizado em: 29/06/2022 às 19:44
O Senado Federal adiou, nesta quarta-feira (29), a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Auxílios, que cria benefícios sociais, além de ampliar os programas já existentes.
O projeto estipula um pacote social de R$ 38,75 bilhões para reduzir os impactos da crise dos preços dos combustíveis.
Neste momento, a matéria ainda é discutida pelos senadores em plenário. A votação, contudo, só ocorrerá nesta quinta-feira (30).
Os senadores analisariam nesta tarde o parecer do relator Fernando Bezerra (MDB-PE) sobre o texto. Partidos de oposição e independentes alegaram, no entanto, que não houve tempo hábil para discutir a proposta.
Em acordo com aliados do governo, o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), manteve apenas a discussão da matéria para esta noite.
O que diz a PEC
O relator propõe aumentar o valor do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600, além de zerar a fila de beneficiários que ainda aguardam a inclusão no programa social.
Também estão previstos: a ampliação do Vale-Gás para o equivalente ao preço de um botijão por bimestre, e a criação de um voucher mensal de R$ 1 mil para caminhoneiros abastecerem com diesel. A União também se propõe a ressarcir estados que aderirem à gratuidade para idosos nas passagens de transporte público.
Ao todo, a PEC deverá custar R$38,75 bilhões aos cofres públicos. A medida é patrocinada pelo governo federal que busca, com a proposta, reduzir a rejeição crescente ao presidente Jair Bolsonaro (PL) em razão das altas recorrentes nos preços da gasolina, diesel e etanol.
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Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado