STF jĂ¡ interveio mais de 30 vezes na CPI da covid
As decisões do tribunal tĂªm dividido os ministros, dependendo do ministro que analisa o caso, os alvos da comissĂ£o vĂªm obtendo resultados diferentes para pedidos idĂªnticos

Da RedaĂ§Ă£o do BNC Amazonas
Publicado em: 23/06/2021 Ă s 10:03 | Atualizado em: 23/06/2021 Ă s 10:03
O STF (Supremo Tribunal Federal) abriu mais de 30 processos relacionados Ă CPI da covid, em menos de dois meses.
Sobretudo, dezenas de investigados pela comissĂ£o acionaram o STF para anular convocações a depoimentos.
Dessa maneira, garantir direito ao silĂªncio nas audiĂªncias ou suspender quebras de sigilo determinadas pelos parlamentares. Como informa o Uol.
Mas, as decisões do tribunal tĂªm dividido os ministros. Ou seja, dependendo do ministro que analisa o caso, os alvos da comissĂ£o vĂªm obtendo resultados diferentes para pedidos idĂªnticos.
As divergĂªncias ficaram escancaradas no inĂcio do mĂªs, quando a CPI começou a aprovar pedidos de quebra de sigilo telefĂ´nico e telemĂ¡tico (de comunicações eletrĂ´nicas).
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Quebra de sigilos
Desde o dia 10 de junho, segundo levantamento do Uol, a comissĂ£o aprovou quebras de sigilo contra 25 investigados.
Até o momento, 16 deles recorreram ao STF para anular a medida.
Destes, nove tiveram o pedido negado (ou seja, a quebra dos sigilos foi mantida), enquanto cinco foram atendidos e conseguiram a suspensĂ£o da decisĂ£o dos senadores.
Porém, outros dois ainda aguardam resposta do Supremo.
Por exemplo, a sorte dos investigados, nesse caso, varia conforme o ministro responsĂ¡vel pelo caso.
De um lado, os ministros Alexandre de Moraes, CĂ¡rmen LĂºcia, Ricardo Lewandowski e Rosa Weber rejeitaram os pedidos dos alvos da CPI e confirmaram as quebras de sigilo.
De outro, Dias Toffoli, LuĂs Roberto Barroso e Nunes Marques anularam as medidas tomadas pela comissĂ£o parlamentar de inquĂ©rito.
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Wilson Lima
Além disso, um grupo de 19 governadores acionou o STF para suspender as convocações de nove deles para depor à CPI.
Eles sustentaram Ă ministra Rosa Weber, relatora do caso, que o Congresso nĂ£o tem legitimidade para investigar atos das gestões estaduais, jĂ¡ que esta atribuiĂ§Ă£o pertence Ă s assembleias legislativas.
Foi com este argumento que o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC-AM), fez um pedido individual Ă ministra Rosa Weber para ser liberado de seu depoimento, marcado para o inĂcio de junho.
Weber atendeu Ă demanda, e de forma diferente de Lewandowski: enquanto o ministro havia apenas autorizado que Pazuello ficasse em silĂªncio, a ministra concedeu ao governador amazonense o direito de faltar Ă CPI.
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Foto: ReproduĂ§Ă£o/STF