A fiscalização do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) identificou um aterro irregular com pelo menos 700 toneladas de resíduos , na sede da empresa Sharp do Brasil, localizada na avenida Buriti, no Distrito Industrial, zona sul de Manaus. A ação foi realizada na quinta-feira (3).
Os responsáveis pelo local já foram identificados e serão autuados por lançar resíduos sólidos em desacordo com as exigências estabelecidas em atos normativos do Estado.
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Além disso, eles foram multados. O valor pode chegar a R$ 1 milhão e a empresa terá que remover e dar destino adequado aos resíduos descartados irregularmente.
“Foi solicitado para o responsável pelo terreno que utilizasse máquina escavadeira para abrir valas no aterro da piscina para fins de certificar e identificar tal fato. Foi constatado que havia uma camada de aproximadamente meio metro de material de aterro, possivelmente com intuito de dificultar a identificação do material descartado”, informou o gerente de fiscalização do Ipaam, Hermógenes Rabelo.
Imagens
A equipe do Ipaam chegou ao local devido às análises feitas por satélites, a mesma ferramenta que o Instituto vem usando para identificar os focos de queimadas e desmatamento no Estado.
“Os nossos fiscais, analisando as imagens, identificaram essa piscina no início da semana e hoje fomos constatar in loco esse ilícito ambiental”, disse o gerente de fiscalização.
Material
Grande parte do material encontrado no local é composto por produtos plásticos, aparas de componentes eletroeletrônicos e mecânicos, além de diversos materiais descartáveis.
“Após conversa com o representante da empresa, foi possível atribuir essa degradação ambiental que foi causada por uma empresa de tratamento e processamento de resíduos industriais que alocava a área para execução de suas atividades. A piscina tem uma área de 500 metros quadrados e a quantidade de material descartado irregularmente está estimado em 700 toneladas”, informou Rabelo.
Esses resíduos, descartados de forma irregular, causam contaminação do solo e do lençol freático, a partir da decomposição de seus constituintes, pois liberam compostos tóxicos e que podem atingir corpos d´água adjacentes, causando assim danos irreversíveis ao meio ambiente.
Fonte e Foto: Divulgação/Ipaam