Susam reduz R$ 18 milhões no contrato do hospital Delphina Aziz

Publicado em: 30/08/2019 Ă s 19:04 | Atualizado em: 30/08/2019 Ă s 19:08

A Secretaria de Estado de SaĂºde (Susam) reduziu, de R$ 172 milhões para R$ 154 milhões/ano, o equivalente a mais de R$ 18 milhões, o valor global do contrato com o Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), organizaĂ§Ă£o responsĂ¡vel pela gestĂ£o do hospital Delphina Aziz.

A reduĂ§Ă£o Ă© de 10,4%, conforme o primeiro termo aditivo de contrato de gestĂ£o, publicado no diĂ¡rio oficial do estado do dia 21.

A diminuiĂ§Ă£o no valor global atende uma necessidade de readequaĂ§Ă£o e ajustes no plano de implantaĂ§Ă£o dos serviços no complexo hospitalar, programado para ser executado em quatro etapas atĂ© o fim do ano, informou o governo.

Segundo a Susam, por dificuldade orçamentĂ¡ria, a implantaĂ§Ă£o de 203 leitos que estavam fechados desde o governo anterior vai ser reprogramada.

De acordo com o governo, “o hospital nunca funcionou com os 312 leitos que possui”. “Em janeiro, quando o governador Wilson Lima assumiu, a unidade estava operando com cerca de 100 leitos (32%)”.

Em abril, apĂ³s fechar contrato com o INDSH, que inclui a UPA Campos Sales, foram abertos novos leitos de UTI e de internaĂ§Ă£o, alĂ©m da ampliaĂ§Ă£o do centro cirĂºrgico.

O planejamento faz parte de adequaĂ§Ă£o Ă  disponibilidade orçamentĂ¡ria do Estado.

 

Cirurgias continuam

Segundo a Susam, o hospital segue realizando cirurgias gerais para pacientes da rede pĂºblica.

AtĂ© o fim de julho haviam sido realizadas 352 cirurgias no novo centro cirĂºrgico, “ultrapassando a meta estabelecida para o perĂ­odo, de fazer 110 cirurgias por mĂªs”.

 

Déficit

Com um orçamento de R$ 2,4 bilhões previsto na Lei OrçamentĂ¡ria Anual (LOA) para 2019, a Susam precisa de R$ 4,5 bilhões para fazer frente Ă s suas necessidades, um dĂ©ficit de R$ 2,1 bilhões. Os nĂºmeros sĂ£o da secretaria.

O governo destacou, que somente com folha de pessoal, o gasto da secretaria Ă© de 922 milhões/ano; com contratos de serviços e fornecedores sĂ£o mais R$ 1,4 bilhĂ£o. “O restante, cerca de R$ 1,2 bilhĂ£o Ă© de dĂ­vidas herdadas das gestões passadas”.

De acordo com a secretaria, ainda estĂ¡ sendo pago o custo da construĂ§Ă£o do hospital, erguido entre 2013 e 2014, por meio de parceria pĂºblico-privada.

Os R$ 2,3 bilhões referentes Ă  obra e Ă  manutenĂ§Ă£o da unidade pelo consĂ³rcio que integra a parceria estĂ£o sendo pagos em parcelas de R$ 9,8 milhões mensais, atĂ© o ano de 2033, com recursos da prĂ³pria Susam.

Somados aos custos dos serviços de saĂºde, que sĂ£o em torno de R$ 8,4 milhões/mĂªs, o valor da unidade estĂ¡ saindo por R$ 18,2 milhões/mĂªs para o governo.

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Foto: Diego Péres/Secom