Decisão do TSE lança mau presságio a quatro vereadores de Manaus

Neuton Corrêa, da Redação

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tomou uma decisão na noite desta terça, dia 17, que confirma medida da juíza eleitoral Kethleen dos Santos Gomes, do Judiciário do Amazonas, que nos mês passado cassou o mandato dos vereadores de Manaus Mirtes Salles, Sargento Papinha (Edson Bentes), Fred Mota e Cláudio Proença.

Todos são do PL (Partido Liberal), e concorreram em 2016 como candidatos do PR (Partido da República).

Além disso, a magistrada tornou inelegível a deputada estadual Joana D’Arc, eleita para a Câmara Municipal de Manaus nessa chapa do PR. Em 2018 ela se elegeu para a Assembleia Legislativa (ALE-AM).

A decisão da juíza não foi cumprida porque o presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM), desembargador João Simões, acolheu pedido liminar impedindo imediata execução da medida.

Agora, com o julgamento do TSE de um caso semelhante, a decisão poderá servir de referência para o caso dos vereadores manauenses.

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“Laranjas” nas eleições

O episódio em questão é sobre o preenchimento da cota feminina nas candidaturas do PL. O partido teria usado candidatas “laranjas” para completar o percentual mínimo exigido pela lei eleitoral.

Ontem, por maioria de votos, a corte eleitoral decidiu manter a cassação e a inelegibilidade de seis vereadores eleitos em 2016 na cidade de Valença do Piauí.

Eles foram acusados de se beneficiar de candidaturas fictícias de mulheres que sequer fizeram campanha eleitoral. O julgamento, que teve início no dia 14 de março deste ano, foi retomado na sessão plenária desta terça-feira, dia 17.

Um mau presságio para os liberais de Manaus se o caso chegar às mãos da instância final da Justiça eleitoral.

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O que diz a defesa 

Esse caso do Piauí não guarda semelhança com o do Amazonas. No caso julgado ontem pelo TSE, as investigações teriam comprovado que havia candidatura laranja na chapa do partido.

No caso amazonense, a presença de candidatura de fachada na chapa do PL seria apenas uma suposição.

Essas afirmações são do advogado de defesa dos vereadores do PL de Manaus, Marco Aurélio Choy, exclusivas para o BNC Amazonas nesta manhã do dia 18.

Foto: Reprodução/site Amazonas Notícias