Iram Alfaia , do BNC Amazonas em Brasília
O ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto (PSDB) está entre as 400 personalidades políticas e artísticas que pediram ao Supremo Tribunal Federal (STF) que julgasse a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro .
Para os signatários, há provas de “reiteradas violações do devido processo legal” nas condenações proferidas por Moro contra o ex-presidente Lula.
O manifesto começou a ser organizado antes da decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou todas as condenações de Lula pela Lava Jato: o caso do tríplex do Guarujá e o sítio de Atibaia.
“Os diálogos trazidos a conhecimento público em resposta a petições da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Supremo Tribunal Federal, nas últimas semanas, demonstram haver reiteradas violações ao devido processo legal”, diz o documento.
Assim sendo, as personalidades pedem ao STF que reconheça as violações e, consequentemente, acolha plenamente o habeas corpus e anule todos os processos relativos a Lula nos quais houve participação dos procuradores da Lava Jato e do então juiz Moro.
Portanto, “garantindo-lhe o direito a um julgamento justo conduzido por procuradores efetivamente públicos e por um juiz imparcial.”
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O texto foi assinado também pelo ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ), Ciro Gomes (PDT-CE), ex-candidato a presidente, e artistas como Chico Buarque, Zeca Pagodinho, Wagner Moura e Gilberto Gil.
Cavalo de pau
O senador Plínio Valério, outro tucano de alta plumagem no Amazonas, não coaduna com o pensamento do ex-prefeito de Manaus.
Para ele, a anulação das condenações de Lula foi um “cavalo de pau jurídico”. “No primeiro cavalo de pau jurídico para acabar com a prisão após condenação em segunda instância, o STF botou na rua assassinos e estupradores de alta periculosidade”, protestou.
“Agora nesse novo cavalo de pau para enterrar de vez a Lava Jato, o STF desmoraliza tribunais superiores, pode beneficiar outros corruptos confessos e jogar a Justiça brasileira no descrédito perante a população e o mundo”, completou.
Fotomontagem: BNC Amazonas