Vereador sai do PHS e se expõe à lei da fidelidade partidária

O vereador Elissandro Bessa usou sua página no Facebook, na tarde desta quinta-feira, dia 28/12, para anunciar sua desfiliação do Partido Humanista da Solidariedade (PHS), legenda no estado comandada pelo presidente da Câmara Municipal de Manaus, Wilker Barreto. Ao BNC, o parlamentar disse que tomou a decisão por não concordar com as diretrizes da sigla e […]

28/12/2017 19:17

O vereador Elissandro Bessa usou sua página no Facebook, na tarde desta quinta-feira, dia 28/12, para anunciar sua desfiliação do Partido Humanista da Solidariedade (PHS), legenda no estado comandada pelo presidente da Câmara Municipal de Manaus, Wilker Barreto.

Ao BNC, o parlamentar disse que tomou a decisão por não concordar com as diretrizes da sigla e que ficará sem partido até o mês de março, quando será aberta a janela para a troca de filiação para quem pretende disputar as eleições de 2018.

A saída do vereador do PHS animou os suplentes da agremiação que já cogitam a possibilidade de recorrer à Justiça Eleitoral para tentar enquadrá-lo na Lei da Fidelidade partidária.

Para eles, sem justa causa, o parlamentar se torna infiel e pode perder o mandato. A direção do partido, porém, informou que não irá provocar nenhuma demanda judicial, mas explicou que não pode impedir que os suplentes o façam.

Bessa disse que está legalmente respaldado pelo fato de não ter migrado para nenhuma sigla e que, também, pediu um estudo jurídico antes de tomar a decisão.

Sobre sua próxima casa partidária, Elissandro Bessa não descarta a hipótese de se filiar ao PSB, PSD e ao PRB.

Ele não citou o Solidariedade, do vice-governador Bosco Saraiva, sigla que para os humanistas seria o pivô da saída do parlamentar do PHS.

Frustração

Parlamentares ouvidos pelo BNC disseram que Bessa deixou o PHS frustrado com um projeto de sua autoria que pretendia aumentar a vida útil dos veículos do transporte especial, setor com o qual o vice-governador tem relação de negócios.

A ideia dele seria aumentar de dez anos para 15 anos a vida útil dos ônibus desse setor.

Foto: Robervaldo Rocha/CMM