A presença da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) na comitiva do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), que cumpriu agenda em Israel até a manhã desta quarta, dia 3, criou expectativa no meio empresarial de que negócios com o polo industrial pudessem acontecer, como a atração de empresas israelenses para o Amazonas. No entanto, segundo o titular da Suframa, Alfredo Menezes Júnior (PSL), Bolsonaro destacou a empresários israelenses as potencialidades da biodiversidade da Amazônia para investimento.
O superintendente afirmou que esteve na reunião com os israelenses promovida pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), quando Bolsonaro vendeu a empresários a ideia de que a biodiversidade amazônica pode servir para acordos e parcerias.
Nada de tecnologia 4.0 e do parque industrial de eletroeletrônica, de duas rodas, de celulares, dos maiores da América Latina. Sobre a ZFM, a impressão é que só apareceu mesmo, ainda assim como participante, de uma exposição de produtos de empresas de inovação.
Menezes Júnior afirmou que a articulação do presidente bate com os seus planos de gestão da Suframa, que é a diversificação da matriz econômica. “Precisamos buscar alternativas além do polo industrial de Manaus e com certeza a nossa floresta é a resposta para essa missão”, disse.
Leia mais
E a anunciada atração de investimentos?
No dia em que Bolsonaro confirmou que a Suframa estava na comitiva, Menezes Júnior se apressou em dizer que estava honrado com o convite e que sua presença na viagem se justificava na “atração de investimentos para a ZFM e troca de conhecimentos que trarão benefícios mútuos”.
“A iniciativa do presidente em nos convidar ratifica o discurso e as ações do governo federal no que tange à defesa do modelo Zona Franca de Manaus que temos visto nestes últimos meses”, afirmou no dia 30 de março.
Como o avião de volta ao Brasil partiu de Israel na manhã de hoje, o empresariado da região Norte aguarda com ansiedade que novidades o superintendente da autarquia trará na bagagem.
Se não falar de investimento, Menezes Júnior dirá que visitou no quarto dia em solo israelense o Wiezmann Institute of Science, de pesquisa em ciências naturais e exatas.
De fazer inveja ao Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), o Wiezmann tem faturamento anual de US$ 30 bilhões em royalties de pesquisas, segundo o superintendente.
“Este intercâmbio será importante para que possamos entender este modelo vencedor e aplicá-lo efetivamente no CBA”, afirmou.
Com informações da Suframa
Leia mais
Foto: O superintendente Menezes Júnior é o primeiro à direita, posando para a câmera / Divulgação