Em parceria com os governos estaduais, distrital e municipais, o Ministério da Saúde começa, na próxima segunda-feira (7), a Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo. Na primeira fase, que vai até o dia 25 de outubro, o público-alvo serão as crianças com idade entre 6 meses e 4 anos e 29 dias.
A segunda etapa, de 18 a 30 de novembro, terá foco na população com idade entre 20 e 29 anos. Em entrevista coletiva, o ministro titular da Saúde, Luiz Henrique Mandetta foto ), disse que a prioridade para este grupo se justifica porque, como provavelmente não receberam a segunda dose da vacina, seus filhos acabam apresentando um sistema imunológico mais vulnerável à doença. Além dos dois períodos, a campanha também destaca o dia 19 de outubro como o Dia D, para mobilização nacional. Leia mais na Agência Brasil .
MBL, PT e PCdoB juntos
O Movimento (de direita) Brasil Livre (MBL) convidou para o seu congresso, a ser realizado em novembro, partidos que até o ano passado eram alvo de duras críticas. O MBL apoiou Jair Bolsonaro no segundo turno do ano passado e defende algumas propostas do Planalto, no entanto, faz oposição às que não concorda.
Os convidados do movimento direitista são o ex-presidente da Câmara dos Deputados Arlindo Chinaglia (PT-SP) numa mesa-redonda promovida pelo grupo que foi um dos principais responsáveis pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, em 2016. O outro esquerdista será Orlando Silva, do PC do B. O evento acontecerá em 15 e 16 de novembro em São Paulo, o quinto congresso de sua história.
E, de acordo com a Folha, é o primeiro desde que o movimento, que ficou conhecido por sua agressividade retórica contra adversários e imprensa e por nunca fugir de uma treta, anunciou a decisão de dar uma espécie de “reset”. Confira a reportagem na Folha.
Todos contra Bolsonaro
O Direitos Já , grupo de oposição ao presidente Jair Bolsonaro com membros de partidos como PT e PSDB, fará evento, dia 30 de outubro, no auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados, às 16h. Um dos fundadores do grupo, o sociólogo Fernando Guimarães, se reuniu individualmente nas últimas semanas em São Paulo com Fernando Haddad (PT-SP), Geraldo Alckmin (PSDB-SP), Ciro Gomes (PDT-CE), Márcio França (PSB-SP) e Antonio Anastasia (PSDB-MG). O líder do PSDB Esquerda Pra Valer esteve em Brasília e se encontrou na semana passada com os líderes da oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), e no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Veja o texto completo no Congresso em Foco.
Escolta para marido de Greenwald
A Câmara dos Deputados autorizou a escolta em todo o país para o deputado federal David Miranda (Psol-RJ) em razão das ameaças que ele e a família vêm sofrendo, segundo informações do gabinete do parlamentar. Desde junho, policiais legislativos já faziam a segurança dele, mas apenas quando ele estava no Distrito Federal.
De acordo com o jornal “O Globo”, a autorização foi concedida após o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, negar o pedido para que Miranda tivesse escolta quando estivesse no estado.
David é casado com o jornalista Glenn Greenwald, fundador do site “The Intercept”. O site publicou uma série de reportagens com troca de mensagens atribuídas ao procurador Deltan Dallagnol e ao então juiz federal e hoje ministro da Justiça, Sergio Moro, que levantaram questionamento sobre a atuação deles na operação Lava Jato. Leia mais no G1
As contradições de Gilmar
As contradições do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes continuam a surgir da própria história dele. Desta vez, O Antagonista foi buscar no fundo do baú de 2017 mais um registro de decisão tomada por Gilmar, dessa vez na Segunda Turma do STF. Naquele ele ano, o ministro na condição de relator tomou uma decisão sobre direito de alegações finais diferente da que tomou, nesta semana, no plenário da suprema corte.
O STF fixou, nesta semana, a tese de que, para não haver cerceamento do direito de defesa, delatados têm o direito de apresentar por último suas alegações finais antes do pronunciamento da sentença. E um dos sete votos a favor foi de Gilmar. Os votos contrários foram quatro.
Em 2017, o recurso foi rejeitado integralmente por Gilmar, que transcreveu em seu voto passagem específica da decisão de primeiro grau que negou o direito do réu não colaborador de falar por último. Veja a história no O Antagonista.
Foto: Valter Campanato/ABr