CPI das fake news quer material das contas removidas dos Bolsonaros
A comissão votará também a quebra de sigilo bancário, fiscal e telemático de mais de 60 pessoas, já investigadas anteriormente.

Diamantino Junior
Publicado em: 09/07/2020 às 12:26 | Atualizado em: 09/07/2020 às 12:26
Um requerimento do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que investiga as fake news, vai solicitar ao Facebook o material de contas falsas removidas da rede que eram ligadas à família Bolsonaro.
A comissão deve voltar a funcionar em agosto.
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A informação é da jornalista Mônica Bergamo e foi publicada na sua coluna na edição desta quinta-feira (09) do jornal Folha de S.Paulo.
O senador Randolfe Rodrigues foi o primeiro a apresentar o requerimento.
O parlamentar pede que o Facebook inclusive preserve “todo o conteúdo disponível” das páginas ligadas ao esquema.
“Vamos receber esse conteúdo e, a partir daí, decidir se convocamos os envolvidos”, diz o senador Angelo Coronel (PSD-BA), que preside a comissão.
O Facebook afirmou que as contas eram ligadas a funcionários dos gabinetes de Jair Bolsonaro e de seus filhos Eduardo e Flávio.
Segundo o senador, será feita uma primeira análise para a confirmação de que as mensagens das respectivas contas disseminavam ódio e desinformação, como afirma a plataforma.
E se também injuriavam e caluniavam terceiros.
Chave
A CPMI votará também a quebra de sigilo bancário, fiscal e telemático de mais de 60 pessoas, já investigadas anteriormente.
Coronel, que também foi o relator do projeto de combate às fake news aprovado no Senado, diz acreditar que a atitude do Facebook já é consequência da votação.
“O projeto prevê exatamente isso, que as plataformas sejam responsáveis por detectar contas falsas”, afirma.
Leia mais na coluna de Mônica Bergamo, na Folha
Foto: Agência Senado