Estava tudo combinado. Na próxima terça-feira haveria o primeiro debate entre os três aspirantes a candidato do PSDB à presidência da República – os governadores João Dória (SP) e Eduardo Leite (RS) e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio.
Estava também combinado que nas prévias do partido em novembro para a escolha do candidato, uma das formas de votação seria por meio de um aplicativo.
No entanto, “Dória desistiu de participar do debate e desconfia que a votação eletrônica possa ser fraudada”, escreve Ricardo Noblat.
Desse modo, para fugir do debate, o governador alegou que não houve entendimento em torno de sua duração.
Por ele, o debate duraria uma hora e meia. Mas pelo acerto anterior feito com Leite e Virgílio, o debate seria de duas horas. Então não comparecerá.
De acordo com o jornalista, Dória ainda é considerado o favorito para vencer as prévias, mas sente-se ameaçado por Leite que avança sobre seus domínios com a ajuda velada do comando nacional do partido e escancarada do senador Tasso Jereissati (CE) e do deputado Aécio Neves (MG).
Pontanto, conforme a publicação, o favoritismo de Dória já foi maior.
Assim, se não houver traição, prevalecerá a força da máquina do PSDB paulista superior à força somada do PSDB nos demais Estados. Difícil, porém, que muitos eleitores simplesmente renunciem ao prazer de dar uma traidinha.
Resta saber se Dória terá coragem de tentar mandar às favas o voto eletrônico e defender o voto impresso. Era o que queria Jair Bolsonaro para as eleições do ano que vem. Dória foi contra e mandou que no Congresso a bancada paulista votasse contra.
Leia mais na coluna de Ricardo Noblat, no Metrópoles .
Foto: Divulgação/Governo de SP