Seguidores de Bolsonaro se mobilizam para megacarreata em Manaus

Principal seguidor de Bolsonaro, como diz, coronel Menezes não deve participar do ato que vai criticar governadores, STF, Congresso...

12/03/2021 11:54

Com palavras de ordem, como “Chegou a hora da verdade!!!”, grupos de seguidores do presidente Jair Bolsonaro chamam nas redes sociais para uma “megacarreata” em Manaus, no próximo domingo (14).

Desse evento não deverá participar o que se diz principal seguidor de Bolsonaro no Amazonas, o coronel reservista Alfredo Menezes Júnior (Patriota). Ele anunciou compromisso a mando do “chefe” no interior do estado.

Até este momento, Menezes também não publicou nada de apoio à carreata em sua página no Facebook.

Incentivados pelo próprio Bolsonaro, esses grupos planejam realizar essas concentrações simultâneas em várias cidades do país.

De acordo com os organizadores, a intenção é fazer um protesto de apoio a Bolsonaro “contra governadores corruptos”. Seguidores das mensagens negacionistas de seu líder, eles acusam governadores “de surrupiarem o dinheiro público e trancarem a população em casa”.

Fazem referência, portanto, à declaração de Bolsonaro de que passou muitos recursos a estados e municípios para combater o coronavírus (covid).

Também replicam a mensagem do presidente do Brasil contra medidas de isolamento social adotadas nos estados contra o vírus que mata milhares por dia no país.

Como forma de estimular a participação dos seguidores, os cabeças do ato lançam mensagens como “o povo é o único capaz de mudar toda essa patifaria no Judiciário e Congresso juntos”.

“Megacarreata em apoio ao nosso presidente Jair Messias Bolsonaro. Hoje [quinta, 11], na live [semanal] ele convocou. Se o povo for às ruas, ele irá atender o recado. Quem dará a ordem somos nós, e vamos fazer juntos, para livrar o Brasil dos corruptos”.

Essa é outra das mensagens de chamada para o ato em Manaus.

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STF e deputados

Anunciam ainda como pauta da aglomeração as recentes decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), como a do ministro Edson Fachin na anulação das condenações do ex-presidente da República Lula da Silva (PT) no âmbito da operação Lava Jato. Ao petista, se referem como “o maior criminoso do país”.

Sem citar que deputados serão alvos de protestos, a organização do evento vai incluí-los porque “não representam a população”.