Alcolumbre segura votaĂ§Ă£o de reformas por disputa no Senado
O governo conseguiu aproveitar aprovar somente novo marco legal do saneamento, durante a pandemia da covid-19

Publicado em: 11/10/2020 Ă s 07:50 | Atualizado em: 11/10/2020 Ă s 07:50
Na tentativa de reeleiĂ§Ă£o ao cargo em 2021, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), segura qualquer texto e votaĂ§Ă£o de reformas no Congresso Nacional. Isso ocorre caso nĂ£o haja consenso entre os senadores, mesmo que os projetos jĂ¡ tenham tido o aval de deputados
A princĂpio, o governo conseguiu aproveitar aprovar somente novo marco legal do saneamento, durante a pandemia da covid-19.
Mas, desde entĂ£o, a fila de microrreformas estĂ¡ travada no Senado. Apostas para a retomada econĂ´mica desde o inĂcio da pandemia, o novo marco legal do mercado de gĂ¡s e novas regras para recuperaĂ§Ă£o judicial foram aprovadas pelos deputados e estĂ£o Ă espera dos senadores.
AlĂ©m disso, nĂ£o hĂ¡ previsĂ£o para votar textos que modernizam regras dos setores ferroviĂ¡rio e elĂ©trico, que começaram pelo Senado.
Todos esses projetos estavam na lista de prioridades enviada ao Congresso pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, ainda em março.
No entanto, da relaĂ§Ă£o apresentada, somente o marco do saneamento teve o aval dos parlamentares atĂ© agora.
Projetos intervencionistas
Ao contrĂ¡rio do presidente da CĂ¢mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que tem uma interlocuĂ§Ă£o com investidores e defende propostas que destravem o caminho para uma inserĂ§Ă£o maior da iniciativa privada, Alcolumbre chegou a pautar projetos considerados intervencionistas, como o que limita os juros cobrados por bancos no cartĂ£o de crĂ©dito e cheque especial. A PresidĂªncia do Senado foi procurada, mas nĂ£o se manifestou.
Como as comissões nĂ£o funcionaram durante a pandemia, o Senado baixou a regra de que Ă© preciso ter acordo para um projeto sem relaĂ§Ă£o com a covid-19 ir a plenĂ¡rio.
Entretanto, isso nĂ£o impediu, porĂ©m, que o projeto de teto dos juros fosse aprovado. Este, portanto, mesmo sendo contrĂ¡rio Ă agenda liberal do ministro da Economia.
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Foto: Edilson Rodrigues/AgĂªncia Senado
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