Áudio é prova “imprestável” para qualquer processo, diz perito

Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 22/05/2017 às 18:26 | Atualizado em: 22/05/2017 às 18:26

Como resultado de perícia no áudio de conversa entre o presidente Michel Temer (PMDB) e o empresário Joesley Batista, do grupo JBS, encomendada pelo Planalto, o perito Ricardo Molina afirma em laudo que gravação é “prova imprestável para fins judiciais”.

Molina disse que o material tem “indícios muito consistentes de edição”, e destaca que grande parte da gravação, “mais especialmente no que diz respeito às falas do presidente, é ininteligível, dificultando, quando não impossibilitando a definição inequívoca dos contextos de cada fragmento”.

Segundo o perito, o áudio apresentado por Joesley ao procurador-geral da República (PGR), Rodrigo Janot, contém dezenas de pontos de descontinuidades, pontos de clipping e ruídos de mascaramentos. “Em qualquer processo corriqueiro esse tipo de gravação é descartado por possuir demasiados indícios de possível edição”.

Leia tudo sobre a perícia de Molina na Folha.

 

Foto: Reprodução/YouTube