Barroso diz que voto impresso é retrocesso e pode judicializar eleições
Barroso afirmou que, se aprovado, o voto impresso será implementado pelo TSE. No entanto, argumentou que impressão tem “inconveniências”

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 14/05/2021 às 19:06 | Atualizado em: 14/05/2021 às 19:07
O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou, nesta sexta-feira (14), que a introdução do voto impresso seria um “retrocesso” capaz de provocar a judicialização” das eleições.
A Câmara dos Deputados instalou, nesta quinta-feira (13), uma comissão especial para discutir a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que obriga a impressão de votos em eleições, plebiscitos e referendos.
O ministro afirmou que, se aprovado, o voto impresso será implementado pelo TSE. Mas argumentou que impressão tem “inconveniências”, entre as quais o custo, de mais de R$ 2 bilhões, e a própria declaração de inconstitucionalidade pelo Supremo, pela quebra de sigilo do voto.
“Isto é um retrocesso no sentido de que piora o sistema. Em 2002, foi feita uma tentativa de voto impresso em cerca de 6% das urnas. Não funcionou bem. Houve filas, atrasos, aumento de votos brancos e nulos, emperramento das impressoras. Simplesmente não foi uma boa experiência”, disse Barroso durante o lançamento de campanha do TSE sobre a segurança do voto.
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Foto: TSE