A eleição dos novos presidentes das comissões temáticas da Câmara dos Deputados limou a influência dos “bolsonaristas raiz”, aliados do presidente Jair Bolsonaro eleitos pelo PSL em 2018 e que comandaram os trabalhos de comissões relevantes na casa ao longo de 2021. Nenhum dos presidentes eleitos, nessa quarta-feira (27), é do grupo de fiéis escudeiros do presidente.
O posto mais vistoso perdido pelos bolsonaristas foi a presidência da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ), colegiado mais importante na casa, que analisa a constitucionalidade de todos os projetos de lei e propostas dos deputados.
A deputada federal Bia Kicis (PL-DF), uma das mais aguerridas defensoras de Bolsonaro, dará lugar ao deputado Arthur Oliveira Maia (BA), do União Brasil.
A definição do partido ao qual caberia a presidência da CCJ (foto ) foi feita dentro do acordo do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com o PSL, que se fundiu ao DEM para originar o União — a sigla também comandará as comissões de Minas e Energia (Fabio Schiochet, SC), Educação (Kim Kataguiri, SP) e Esporte (Delegado Pablo, AM).
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Além de Bia, outras bolsonaristas que deixarão presidências de comissões da Câmara são Carla Zambelli (PL-SP), substituída por Covatti Filho (PP-RS) na Comissão de Meio Ambiente, e Aline Sleujtes (Pros-SC), que dará lugar a Giacobo (PL-PR) na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento, Desenvolvimento Rural.
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Foto: Billy Boss/Câmara dos Deputados