O governo de Jair Bolsonaro (PL) deixou o país com recorde de vacinas em atraso, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
O levantamento mostra que uma em cada três crianças atendidas na atenção básica de janeiro a novembro do ano passado estava com a vacinação atrasada. Como informa o Uol.
Dessa forma, a proporção (33,1%) é a mais alta desde que as taxas de cobertura vacinal no Brasil começaram a despencar, em 2016.
Segundo reportagem de Carlos Madeiro, entre janeiro e novembro de 2022, 33,1% de bebês e crianças (até 11 anos) atendidos em consultas na atenção básica pelo país estavam sem a vacinação em dia.
De acordo com a publicação, os dados foram retirados pela coluna do relatório de produção do Sisab (Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica), do Ministério da Saúde.
Por exemplo, o percentual de 2022 é o maior dos últimos cinco anos, período em que o país viu as taxas de cobertura vacinal do calendário nacional despencarem.
2018 – 29,6% 2019 – 30,2% 2020 – 30,8% 2021 – 25,8% 2022* – 33,1% * Dados até novembro.
A vice-presidente, Isabella Ballalai, da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) destaca:
Por mais que a gente fale do risco altíssimo de uma doença como paralisia infantil retornar, os pais de hoje não viram essas doenças; então é pouco provável que consigam enxergar esses riscos. E o Ministério da Saúde não faz uma comunicação adequada há muito tempo. Não adianta marcar campanha, avisar na véspera e não comunicar o porquê dela.
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Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/AgBr