Bolsonaro é denunciado pelo MPF por crime contra saúde no Acre
Além de Jair Bolsonaro, ministros e outros não usaram máscara, causaram aglomeração e desrespeitaram restrições preventivas do coronavírus

Mariane Veiga
Publicado em: 18/03/2021 às 13:38 | Atualizado em: 18/03/2021 às 14:37
O Ministério Público Federal e o Ministério Público do Acre acionaram a Procuradoria-Geral da República para pedir a responsabilização do presidente Jair Bolsonaro e de outras autoridades federais por crimes contra a saúde pública, após visita ao Acre no último dia 24 de fevereiro.
O motivo da representação é que o presidente e demais autoridades que o acompanhavam na visita não usavam máscara e ainda teriam gerado aglomeração ao andar por ruas de cidade no interior, o que está proibido durante a pandemia do coronavírus (covid-19).
Além do presidente, o documento cita ainda o ministro da Secretaria Geral da Presidência Onyx Lorenzoni; o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos; ministro da Defesa, Fernando Azevedo; ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello; ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho; ministro do Turismo, Gilson Machado Neto e o senador do Acre Márcio Miguel Bittar.
Conforme publicou o G1, a Advocacia Geral da União disse que não vai comentar o caso.
Quando foi ao Ceará, a visita também foi alvo de investigação.
O Ministério Público Federal no Ceará (MPF-CE) encaminhou ao procurador-geral da República, Augusto Aras, um ofício com pedido de investigação do presidente, por crime contra a saúde pública durante a sua visita ao estado em 26 de fevereiro deste ano.
Bolsonaro e a comitiva desembarcaram em Rio Branco para sobrevoar as regiões do Acre atingidas por alagamentos no mês passado.
Dez cidades acreanas foram afetadas pela cheia dos rios e mais de 130 mil pessoas foram atingidas.
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Foto: Alan Santos/Presidência da República