Braga é um dos que levam R$ 67 mil para mudança sem sair do lugar

O senador Eduardo Braga (MDB-AM) e mais sete que se reelegeram no pleito deste ano vão receber em dobra a ajuda de custo de R$ 33,7 mil que o Senado vai pagar para mudança de residência. Braga se enquadra na regra do benefício que dá o mesmo valor do salário para o senador que não […]

27/11/2018 12:53

O senador Eduardo Braga (MDB-AM) e mais sete que se reelegeram no pleito deste ano vão receber em dobra a ajuda de custo de R$ 33,7 mil que o Senado vai pagar para mudança de residência.

Braga se enquadra na regra do benefício que dá o mesmo valor do salário para o senador que não se reelegeu e precisa voltar para seu estado. A ajuda é igual para o que vai continuar em Brasília, que é a situação do emedebista, ou está indo morar no Distrito Federal, como é o caso do novato Plínio Valério (PSDB-AM).

No caso dos oito senadores que se reelegeram, o direito é dobrado. Um pelo término do mandato e outro pelo início de um novo período no Senado. Como já têm residência em Brasília, não precisam gastar com mudança.

Assim, o dinheiro público que vai para esses senadores pode ser usado para outros fins. Mas, se desejarem, podem reembolsar a quantia ao Senado.

Serão usados R$ 3,64 milhões de recursos do Tesouro Nacional para 108 pagamentos a senadores.

Além de Braga, foram reeleitos Ciro Nogueira (PP-PI), Jader Barbalho (MDB-PA), Paulo Paim (PT-RS), Renan Calheiros (MDB-AL), Sérgio Petecão (PSD-AC), Humberto Costa (PT-PE) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

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Propostas pelo fim do benefício

A senadora Ana Amélia (PP-RS), uma das autoras de propostas para acabar com esse benefício para reeleitos. “A ajuda de custo é efetivamente destinada a compensar as despesas com mudança e transporte dos parlamentares. Trata-se de excluir o seu pagamento no caso de reeleição, inclusive no caso de deputado eleito senador ou vice-versa”.

Para o senador Reguffe (sem partido-DF), também autor de projeto pelo fim desse ajuda, justificativa sua posição:

“Tal ‘ajuda de custo’ não se justifica sob a alegação de ‘compensar as despesas com mudança e transporte’, porquanto os parlamentares já dispõem de apartamento funcional e auxílio-moradia, além de passagens aéreas para deslocamento a Brasília e retorno ao estado de origem”.