Diante da crescente insatisfação dos caminhoneiros com a escalada do preço do óleo diesel – motivo principal de a categoria ter marcado greve para o dia 1º de novembro -, o governo federal resolveu agir para tentar evitar a paralisação.
Marcou para o dia 28 de outubro reunião dos ministros Ciro Nogueira, da Casa Civil, e Tarcísio de Feitas, da Infraestrutura, com os líderes da categoria e com o presidente da Frente Parlamentar dos Caminhoneiros e Celetistas.
Até poucos dias atrás, o governo avaliava como improvável uma adesão maciça à paralisação. Porém, desde que foi anunciada a possibilidade de greve, os caminhoneiros têm demonstrado insatisfação crescente nos grupos de aplicativos de mensagem, o que fez mudar a avaliação no Palácio do Planalto.
O anúncio feito na quinta-feira (21, pelo presidente Jair Bolsonaro , da concessão de auxílio-combustível para os motoristas de caminhão no valor de R$ 400 até o fim do ano, irritou ainda mais a categoria.
Vários caminhoneiros se referiram ao benefício como “esmola”. Até mesmo grupos onde a maioria dos integrantes costuma apoiar o presidente tiveram praticamente todas as mensagens expressando irritação.
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Os líderes caminhoneiros vão levar à reunião do dia 28 uma pauta que inclui o fim da paridade do preço do petróleo com o mercado internacional; a criação de um fundo de estabilização da tarifa dos combustíveis , criado com imposto sobre exportação do petróleo bruto e maior pressão sobre o Supremo Tribunal Federal para que seja julgado o texto que estabelece o piso mínimo do frete.
O presidente da Frente Parlamentar de Caminhoneiros, deputado Nereu Crispim (PSL-RS), disse que a categoria tem um plano completo para oferecer ao governo. “Se eles não sabem como baixar o preço dos combustíveis, os caminhoneiros sabem”, afirma Crispim.
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Foto: divulgação