Candidatos deixam R$ 77 milhões em dívidas da campanha 2018

Com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o G1 publica neste domingo, dia 18, que mais de mil candidatos deixaram R$ 77 milhões de dívidas de campanha apenas no primeiro turno das eleições 2018. O prazo de prestação de contas acabou neste sábado. De mais de 18 mil candidatos, 1.245 deixaram saldo devedor. […]

18/11/2018 22:20

Com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o G1 publica neste domingo, dia 18, que mais de mil candidatos deixaram R$ 77 milhões de dívidas de campanha apenas no primeiro turno das eleições 2018. O prazo de prestação de contas acabou neste sábado.

De mais de 18 mil candidatos, 1.245 deixaram saldo devedor. Desses, 129 se elegeram. Outro dado do TSE é o de que mais de 30% desses políticos e de partidos não prestaram contas.

Catorze candidatos que disputaram governos estaduais devem mais de R$ 1 milhão cada um. O governador reeleito do Ceará, Camilo Santana (PT), deixou a maior dívida: R$ 3,6 milhões. Arrecadou R$ 4,8 milhões, e gastou R$ 8,4 milhões.

A corte eleitoral ainda não disponibilizou os dados das prestações de contas do segundo turno, prazo que acabou ontem, dia 17. De 30 candidatos, 19 já apresentam saldo devedor de R$ 35,3 milhões. Só Eduardo Paes (DEM), derrotado na disputa pelo governo do Rio de Janeiro, está com dívida de R$ 6,3 milhões.

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Bolsonaro x Haddad, disparidades

Adversários na disputa de segundo turno pela Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) apresentaram resultados bem diferentes na prestação de contas de campanha.

Bolsonaro declarou ter arrecadado R$ 4,4 milhões e gastado R$ 2,5 milhões, ficando com um saldo positivo de R$ 1,5 milhão.

Haddad arrecadou R$ 35,4 milhões e gastou R$ 37,5 milhões, deixando uma das maiores dívidas entre todos os candidatos deste pleito, de R$ 3,8 milhões até o momento.

Neste domingo, o presidente eleito disse que parte dos indícios de irregularidades questionados pelo TSE foi fruto de “falhas do próprio órgão”.

“Já foram todas rebatidas [as inconsistências listadas pelo tribunal]. Tem algumas que foram falhas do próprio TSE e já foram apresentadas as razões de defesa para isso aí. Eu tenho certeza de que não vai ter nenhum problema, não. É a campanha mais pobre da história do Brasil”, afirmou Bolsonaro.

Indícios de irregularidade são suspeitas de descumprimento da legislação eleitoral. Já as inconsistências englobam problemas de menor potencial de gravidade, não necessariamente ilegalidades.

PT lidera nas dívidas

Do balanço das prestações de contas do primeiro turno, o TSE indica que o PT foi o partido com a maior dívida, de R$ 8,4 milhões. Em seguida vêm PSDB (R$ 5,3 milhões), PDT (R$ 1,9 milhão), PHS (R$ 1,2 milhão) e PV (R$ 514 mil).