Condenado no mensalão a 37 anos, Marcos Valério ganha semiaberto

O empresário Marcos Valério, principal financiador de campanha eleitorais com verbas públicas e privadas ilegais, para o PT e PSDB, ganhou, nesta quarta-feira (4), o direito de cumprir sua pena de 37 anos de prisão em regime semiaberto por ter cumprido um sexto da pena. Quem autorizou o benefício dele, segundo o portal G1, foi […]

04/09/2019 20:35

O empresário Marcos Valério, principal financiador de campanha eleitorais com verbas públicas e privadas ilegais, para o PT e PSDB, ganhou, nesta quarta-feira (4), o direito de cumprir sua pena de 37 anos de prisão em regime semiaberto por ter cumprido um sexto da pena.

Quem autorizou o benefício dele, segundo o portal G1, foi o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). Valério cumpre prisão em regime fechado.

Marcos Valério foi condenado no julgamento do mensalão do PT e, no regime semiaberto, poderá sair durante o dia para trabalhar.

O empresário tem outra condenação confirmada em segunda instância, mas a execução da pena está suspensa por decisão do ministro Celso de Mello.

Diante disso, de acordo com o portal da Globo, Barroso entende que Marcos Valério pode progredir para o regime semiaberto mesmo com a outra condenação.

Barroso autorizou a progressão de regime de prisão por considerar que Valério preenche os seguintes requisitos: já cumpriu um sexto da pena (mais de seis anos e meio) e teve bens bloqueados, e não tem condições de pagar a multa de R$ 4,4 milhões imposta pelo STF.

Marcos Valério foi condenado pelos crimes de corrupção ativa, peculato, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

Ele cumpre pena desde 2013 e está preso na penitenciária Nelson Hungria, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Valério tem um acordo de delação premiada em vigor e agora poderá deixar o presídio durante o dia para trabalhar.

A Procuradoria Geral da República opinou contra a progressão de regime, segundo o G1.

Argumentou que Marcos Valério não pagou a multa imposta na condenação e ainda teria cometido falta grave na cadeia.

Barroso, contudo, considerou que Valério comprovou não ter recursos disponíveis e que não foi concluída a apuração sobre as faltas na prisão.

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