A Corregedoria do Ministério Público Federal (MPF) abriu sindicância para apurar se houve irregularidades em investigações na Lava Jato.
Especificamente, a sindicância quer saber se houve irregularidade na distribuição de investigações dentro da força-tarefa em São Paulo.
A corregedoria quer saber, também, se foram respeitados os critérios para designar o chefe de cada investigação.
De acordo com portaria, a procuradora regional da República Raquel Branquinho (foto ) foi designada para coordenar a apuração. A portaria é desta terça-feira (4).
Hipoteticamente, em caso de irregularidade, Raquel pode pedir instauração de inquérito. O prazo para conclusão da sindicância é de 30 dias.
A Lava Jato em São Paulo informou, entretanto, que vai prestar as informações que foram pedidas.
A sindicância, todavia, é mais um ponto de atrito entre o comando da Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Lava Jato nos estados.
Além de São Paulo, há forças-tarefas no Rio de Janeiro e no Paraná, além de um grupo de trabalho em Brasília, na esfera federal.
No fim de junho, porém, a PGR pediu que as forças-tarefas compartilhassem com o comando do MPF informações das investigações.
O ministro Dias Toffoli , presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu, por sua vez, chancelar o compartilhamento.
Nessa segunda (3), contudo, o ministro Edson Fachin , relator do caso, revogou a decisão de Toffoli.
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Foto: Valter Campanato/ABr/arquivo