Delator de propina da Hypermarcas a Braga perde benefĂcio de acordo
A propina a caciques do MDB Ă© investigada pelo MinistĂ©rio PĂºblico Federal (MPF) desde 2016

Da RedaĂ§Ă£o do BNC AMAZONAS
Publicado em: 05/06/2019 Ă s 11:46 | Atualizado em: 18/08/2020 Ă s 06:08
O ex-diretor de relações institucionais da empresa Hypermarcas (atual Hypera Pharma) Nelson Mello perdeu os benefĂcios do acordo de delaĂ§Ă£o premiada que fez com a Procuradoria-Geral da RepĂºblica (PGR) quando denunciou o senador Eduardo Braga, do MDB do Amazonas, e outros, de receber propina de R$ 30 milhões.
A propina a caciques do MDB Ă© investigada pelo MinistĂ©rio PĂºblico Federal (MPF) desde 2016, a partir da delaĂ§Ă£o de Mello. Ele citou frontalmente os nomes de Eduardo Braga, dos senadores Renan Calheiros (AL), EunĂcio Oliveira (CE) e do hoje ex-senador Romero JucĂ¡ (RR).
Segundo o delator, a propina milionĂ¡ria chegou Ă s mĂ£os de Braga e dos demais medebistas por intermĂ©dio de dois lobistas que faziam essas transações para Calheiros e o ex-presidente da CĂ¢mara dos Deputados Eduardo Cunha (MDB-RJ).
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Provas sĂ£o aproveitadas
A procuradora-geral Raquel Dodge decidiu rescindir o acordo de delaĂ§Ă£o premiada de Mello com a operaĂ§Ă£o Lava Jato e informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) neste dia 3. O relator da Lava Jato no STF, ministro Edson Fachin, vai decidir se homologa a rescisĂ£o.
Mesmo com o fim do acordo, tudo o que foi produzido de provas contra o senador Eduardo Braga e seus colegas devem ser aproveitados nos autos do processo pelo MPF e pela operaĂ§Ă£o Lava Jato no STF.
Raquel afirmou que “Nelson Mello descumpriu o compromisso de dizer a verdade, apresentando informações falsas ou ‘omitindo fato penalmente relevante praticado por ele’’’. AlĂ©m disso, deixou de entregar provas.
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Foto: BNC Amazonas