Depois do Amazonas, a secretária de Saúde Mayra Pinheiro, a ‘Capitã Cloroquina’, quis levar ‘tratamento precoce’ da covid-19 a Portugal.
A oferta da secretária foi feita por e-mail em 25 de janeiro para uma representante do Ministério dos Negócios Estrangeiros português. Como informa o G1.
Nesse sentido, sete dias antes do e-mail da secretária, em 18 de janeiro, o então ministro Pazuello tentava mudar a terminologia empregada pelo ministério.
Ou seja, durante entrevista coletiva, afirmou que o ministério orientava os pacientes de covid-19 a buscar “atendimento precoce” — e não “tratamento precoce”.
Do mesmo modo, no início de janeiro, Mayra Pinheiro também orientou o uso do “tratamento precoce”, no Amazonas.
Enquanto isso, a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do ministério, Mayra Pinheiro se colocou à disposição para tratar do assunto com o governo de Portugal.
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E-mail a Portugal
Sobretudo, no e-mail, intitulado “compartilhamento de experiências de enfrentamento a covid-19”, a secretária destacou que também tem cidadania portuguesa.
“Diante das informações sobre o elevado número de casos e desfechos clínicos desfavoráveis da covid-19 em território português, e na qualidade de cidadã portuguesa e de secretária Nacional do Ministério da Saúde, coloco-me à disposição para contribuir com compartilhamento da nossa experiência em atendimento precoce no enfrentamento à doença”, escreveu Mayra Pinheiro.
Dessa maneira. o período da oferta coincide com o auge da crise da covid-19 no Amazonas. A alta incidência de casos levou ao colapso da rede de oxigênio do estado.
Então, em 25 de janeiro, dia do e-mail enviado pela secretária, o Amazonas registrava 86 óbitos, chegando a uma média móvel de 132 mortes diárias.
Portanto, pouco antes, em janeiro, o ministério havia orientado o uso do tratamento precoce em Manaus por meio de um ofício enviado para a Secretaria de Saúde do Amazonas.
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Foto: Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado