A proposta que o presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM), Yedo Simões, defendeu no início da manhã desta sexta, dia 7, de adiar o primeiro turno da eleição suplementar para uma data além do 6 de agosto, prevista no calendário antes da suspensão do pleito, enfrentou forte resistência de candidatos a governador, que provocaram uma reunião às pressas na corte eleitoral.
Poucos minutos depois, Simões anunciava que o calendário estava mantido e que se rendia ao pedido dos candidatos e coligações.
O BNC fez ampla cobertura de todo o bastidor dessa polêmica que se criou a partir do anúncio da proposta de mudança de data, que passou por um frenético entra e sai de políticos e advogados no gabinete do presidente Simões, até a batida do martelo de que o 6 de agosto está mantido, como era o interesse dos candidatos.
Confira o que disseram ao BNC todos os candidatos que foram ao TRE-AM pressionar pela manutenção do calendário eleitoral:
José Ricardo (PT) – candidato a governador
“Se não for no dia 6 de agosto, no máximo uma semana depois”.
Amazonino Mendes (PDT) – candidato a governador
“Eventual mudança é um despropósito. Não há porque esticar mais”.
Luiz Castro (Rede) – candidato a governador
“Temos todo o interesse que a eleição aconteça e aconteça o mais breve possível, sem nenhuma manobra protelatória. Jogar a eleição para setembro é para inglês ver”.
Marcelo Serafim (PSB) – candidato a governador
“Fiquei surpreso com essa proposta do presidente do TRE-AM, Yedo Simões. Ninguém aguenta mais a extensão dessa eleição”.
Marcelo Ramos (PR) – candidato a vice de Eduardo Braga (PMDB)
“Somos claramente contra a proposta de adiamento. Ela muda o conteúdo da decisão do ministro Celso de Mello”.
Sinésio Campos (PT) – candidato a vice de José Ricardo (PT)
“Defendo a manutenção do dia 6 de agosto. Não tem porque postergar”.
Paulo Figueiredo – advogado da coligação de Amazonino
“Não tem sentido qualquer adiamento do pleito”.
Fotos: BNC