Um esquema que envolve tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, ‘pirâmide’ e bitcoins está sendo investigado pela Polícia Federal e o Ministério Público Federal.
Conforme informações divulgadas pelo jornal Extra, o esquema é chefiado pelo ex-garçom Glaidson Acácio dos Santos, de 38 anos.
Por conseguinte, ao longo da investigação, a Receita Federal identificou uma transferência de R$ 5 milhões.
A operação financeira foi feita por um corretor de imóveis que já esteve envolvido num esquema de lavagem de dinheiro de uma facção do tráfico para a GAS Consultoria Bitcoin.
Além disso, essa empresa é de Glaidson, que prometia rendimentos exorbitantes mediante investimento em criptomoedas.
Relatório
De acordo com o relatório final da investigação, que culminou com a prisão de Glaidson, o corretor de imóveis declarou, em seu imposto de renda, que a transferência, feita em 2019 de uma só vez.
Isso correspondia a um “empréstimo para a empresa”.
Em 2013, o corretor atuou na venda de um apartamento, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, para o traficante Marcelo Santos das Dores, o Menor P.
A princípio, esse traficante, à época chefiava o tráfico de drogas em boa parte do Complexo da Maré, na Zona Norte.
Em depoimento prestado à época, o corretor alegou que o secretário do traficante havia dito que o comprador do imóvel era um “famoso jogador de futebol paulista”.
E disse que o carro foi emprestado ao secretário, porque ele afirmou que iria “encontrar a amante”.
Esquema fraudulento
Ainda segundo o Extra , na época, o corretor chegou a ser denunciado pelo Ministério Público por lavagem de dinheiro, mas acabou absolvido pela Justiça.
O corretor responsável pelo aporte aparece, na investigação, ligado a Michael de Souza Magno, apontado como operador financeiro do esquema fraudulento de pirâmide chefiado por Glaidson.
Michael também é corretor de imóveis e é conhecido, na internet, por negociar imóveis para celebridades.
Segundo o relatório, os dois corretores têm “vinculações estreitas”.
Segundo investigadores, a empresa de Glaidson Acácio movimentou “cifras bilionárias” em cerca de 10 anos de funcionamento.
Na quarta-feira, após a deflagração da Operação Cryptos, policiais federais apreenderam 21 carros de luxo, 591 bitcoins.
Ou seja, equivalente a R$ 147 milhões na cotação atual – e R$ 13,8 milhões em espécie na casa dos suspeitos.
Glaidson Acácio dos Santos, apontado como chefe do esquema, segue preso.
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Foto: Divulgação/Polícia Federal/Rio de Janeiro