Estados querem de volta ICMS que onera preço dos combustĂveis
Governadores darĂ£o a palavra final, em prĂ³xima reuniĂ£o, sobre os impactos negativos da vigĂªncia da nova lei sancionada na semana passada

Publicado em: 18/03/2022 Ă s 17:09 | Atualizado em: 18/03/2022 Ă s 18:11
Os estados nĂ£o aceitam o novo ICMS vigente no paĂs que incide sobre os combustĂveis. A nova forma de cobrança do imposto foi aprovada, na semana passada, no Congresso Nacional e sancionada pelo presidente da RepĂºblica.
Nesse sentido, governadores pretendem recorrer à Justiça para retomarem o ICMS anterior que arrecadava mais em detrimento do consumidor na bomba.
Os secretĂ¡rios de Fazenda dos estados, segundo o Correio Braziliense, em reuniĂ£o administrativa do Comsefaz, avaliaram, nessa quinta-feira (17), e expuseram os impactos negativos da vigĂªncia da nova lei – a LC 192/2022.
Do encontro, saiu uma nota tĂ©cnica que propõe uma rĂ¡pida intervenĂ§Ă£o para suspender os efeitos da lei, que institui alĂquota Ăºnica de ICMS sobre combustĂveis.
A intenĂ§Ă£o Ă© apontar a inconstitucionalidade da medida no Supremo Tribunal Federal (STF).
A proposta agora segue para avaliaĂ§Ă£o do fĂ³rum dos governadores, que darĂ¡ a palavra final. A tendĂªncia Ă© que se unam e entrem com a Adin, por meio do ColĂ©gio Nacional de Procuradores Gerais de Estado (Conpeg).
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InvasĂ£o de competĂªncia
As procuradorias dos estados terĂ£o a missĂ£o de formalizar a aĂ§Ă£o judicial. Entre as alegações, a de crime eleitoral Ă© estudada. E, segundo os procuradores, deveria ter sido por PEC, e nĂ£o PLC, a proposiĂ§Ă£o legislativa da medida. TambĂ©m serĂ¡ apontada a invasĂ£o de competĂªncia da Ă¡rea federal sobre os estados.
VariaĂ§Ă£o de alĂquotas
A variaĂ§Ă£o de alĂquotas de ICMS entre os estados, no caso da gasolina, Ă© de 23% (SP) a 35% (RJ). O DF aplica 27%. Mas, atĂ© a decisĂ£o de qual serĂ¡ a alĂquota Ăºnica, deve ser aplicada a mĂ©dia dos Ăºltimos cinco anos. Pelo que estĂ¡ em vigor, haverĂ¡ queda de arrecadaĂ§Ă£o em muitos estados, incluindo na capital federal. O prejuĂzo total estimado chega a R$ 17 bilhões/ano.
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Foto: Fernando Chaves/AgĂªncia Minas