Extração de madeira aumenta 11 vezes em terras indígenas

Como resultado, o número de extração ilegal representa uma taxa de quase 1000%.

Extração de madeira aumenta 11 vezes em terras indígenas

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 21/09/2022 às 11:20 | Atualizado em: 21/09/2022 às 11:20

A extração ilegal de madeira em terras indígenas aumentou 11 vezes em um período de 12 meses, na Amazônia. Isso no estado do Pará. Conforme dados do Simex.

De acordo com reportagem de Ricardo Peixoto, do g1, aumentou de 158 hectares no período de agosto de 2019 a julho de 2020 para 1.720 hectares entre agosto de 2020 e julho de 2021.

Como resultado, o número representa uma taxa de quase 1000%.

Sobretudo, a Rede Simex, formada por quatro instituições ambientais: o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), o Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e o Instituto Centro de Vida (ICV).

Além disso, a rede também analisou o número de terras indígenas invadidas pela atividade ilegal.

Assim, cinco territórios tiveram extração madeireira entre agosto de 2020 e julho de 2021.

A princípio, no relatório anterior, que analisou os anos de 2019 e 2020, apenas a Terra Indígena Baú, no sudeste do Pará, havia sofrido extração madeireira.

Da mesma forma, levantamento mostra que, Amanayé, localizada no município de Goianésia do Pará, foi o território mais impactado.

Então, entre agosto de 2020 e julho de 2021, 1.255 hectares foram explorados no local. Esse dado corresponde a 73% das terras indígenas do Pará afetadas pela extração ilegal de madeira.

“Embora presente no banco de dados de Terras Indígenas da Fundação Nacional do Índio (Funai), esse território ainda aguarda aprovação, o que o coloca ainda mais em risco”, ressalta o Imazon.

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Foto: Divulgação/Polícia Federal