Fachin nega ao Rede desistir da ação para suspender inquérito das fake news
Além disso, ministro do STF abriu o relatório sobre a ação do partido

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 03/06/2020 às 19:07 | Atualizado em: 03/06/2020 às 19:07
O ministro Edson Fachin indeferiu o pedido de desistência feito pelo partido Rede Sustentabilidade (Rede) da ADPF 572 no inquérito das fake news. O relator é o ministro Alexandre de Moraes.
Nessa ação, arguição de descumprimento de preceito fundamental, o Rede contesta portaria do STF (Supremo Tribunal Federal) que abriu as investigações.
Além das fake news (notícias falsas), o inquérito investiga também outros crimes. Por exemplo, falsas comunicações de crimes, denunciações caluniosas, ofensas e ameaças a ministros do STF.
Conforme Fachin, o artigo 5º da Lei 9.868/1999, veda a desistência da ação direta, uma vez que o interesse é indisponível.
Leia mais
STF marca data para decidir futuro do inquérito de fake news e ameaças
Apoio na PGR
De acordo com a petição, o Rede sustentava que, desde o ajuizamento da ADPF, em março de 2019, houve alteração fático-jurídica. Por isso, estava aderindo ao parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), de outubro de 2019, pelo não cabimento da ação por ofensa reflexa.
Assim sendo, a ADPF vai a julgamento no Plenário do STF no próximo dia 10.
Fonte: STF
Leia mais
“Fake news disseminam medo e ódio contra STF e Congresso”, diz Toffoli
Relatório aberto
Portanto, diante da sua decisão, Fachin disponibilizou hoje seu relatório sobre a ação do Rede para suspensão do inquérito das fake news.
O documento traz argumentos do partido e da PGR contra a investigação no STF.
Leia mais no O Antagonista.
Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF