Fake new contra Sérgio Moro leva jornalista a se dar mal na Justiça

Uma publicação “fake new” produziu a condenação de um jornalista que acusou o juiz federal Sérgio Moro de fazer parte de uma esquema de desvio de R$ 500 milhões da Prefeitura de Maringá (PR). Além disso, o blogueiro Miguel Baia Bargas sustentou que Moro (foto) trabalhou para o PSDB e ajudou a operar o desvio. De […]

04/04/2018 19:34

Uma publicação “fake new” produziu a condenação de um jornalista que acusou o juiz federal Sérgio Moro de fazer parte de uma esquema de desvio de R$ 500 milhões da Prefeitura de Maringá (PR). Além disso, o blogueiro Miguel Baia Bargas sustentou que Moro (foto) trabalhou para o PSDB e ajudou a operar o desvio.

De acordo com Gazeta do Povo Miguel Bargas, do blog ‘Limpinho & Cheiroso’, foi condenado pela 5.ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3.ª Região (TRF-3) por calúnia e difamação contra o juiz Sérgio Moro.

Foi imposto uma pena de 10 meses e 10 dias de detenção, em regime inicial aberto, e 15 dias de multa, substituída a pena privativa de liberdade por uma restritiva de direitos, informou o site jurídico Migalhas.

De acordo com o processo, o Miguel teria postado uma fake new atribuindo ao juiz um vínculo com o PSDB e também com os desvios de R$ 500 milhões.

O título da matéria publicada era: ‘Paraná: Quando Moro trabalhou para o PSDB, ajudou a desviar R$ 500 milhões da Prefeitura de Maringá´.

O relator do caso, o desembargador federal André Nekatschalow, destacou ainda que o réu tenha atuado com o simples propósito de informar. “O réu foi jornalista por anos e, dado o conteúdo da notícia e sua perícia na área, acaso movido pelo desejo de informar, teria adotado cautela mínima de verificação de seu conteúdo, considerando, ademais, haver promovido alteração do título que, expressamente, atribuiu o desempenho de atividade político-partidária e o cometimento de delito a juiz federal”, disse.

O jornalista Miguel Baia Bargas foi condenado no TRF-3 por calúnia ao juiz Sérgio Moro
Foto: Reprodução/O Cafezinho

Reação de jornalista

O jornalista Miguel do Rosário, de o “Cafezinho”, reagiu à condenação: “O estado de exceção se aprofunda muito rapidamente. Pode-se xingar Lula e qualquer liderança de esquerda à vontade. Sergio Moro, jamais! Ele é a vaca sagrada do golpe! Insinuar que Moro tem “ligações partidárias”, então, é crime punível com quase 1 ano de cadeia! Apesar da pena falar em “regime aberto”, é uma espécie de prisão, pela humilhação e pela restrição dos direitos. A grande mídia, com a cumplicidade dos próprios agentes públicos, publicam fake news diariamente, acusam sem provas, jogam o país no caos, e quem vai preso é um pequeno blogueiro de esquerda!”.

Foto: Reprodução/O Cafezinho