Funcionários dos Correios em greve e cobram direitos ameaçados

Publicado em: 11/09/2019 às 19:29 | Atualizado em: 11/09/2019 às 19:29

Os funcionários dos Correios entraram em greve geral por tempo indeterminado. A greve foi decretada, na noite desta terça-feira (10), em assembleias realizadas em diferentes estados, segundo informações do G1.

O movimento, de acordo com o portal, é contra a privatização da companhia e de conquistas de direitos fundamentais dos trabalhadores.

Até por volta das 13h desta quarta, sindicatos de 23 estados e do DF confirmavam ter aderido à greve.

A Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect) e a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) afirmam que a greve é geral e que todos os 36 sindicatos de trabalhadores dos Correios aderiram ao movimento, segundo o G1.

Em nota, a direção dos Correios afirma que a paralisação é parcial e já colocou em prática um “plano de continuidade de negócios para minimizar os impactos à população”.

A categoria pede reposição da inflação do período e é contra a privatização da estatal, que foi incluída no mês passado no programa de privatizações do governo Bolsonaro, diz a publicação do portal de notícias da Globo.

Os trabalhadores querem também a reconsideração quanto a retirada de pais e mães do plano de saúde, melhores condições de trabalho e outros benefícios.

“A decisão foi uma exigência para defender os direitos conquistados em anos de lutas, os salários, os empregos, a estatal pública e o sustento da família”, afirmou em nota a Findect.

“Mesmo com a mediação do TST, a empresa não recebe os representantes dos trabalhadores há mais de 40 dias e se nega a negociar, pois insiste em reduzir benefícios que rebaixariam ainda mais o salário da categoria, que já é o pior entre todas as estatais”, disse a Fentect.

 

O que diz a empresa

Segundo os Correios, a greve “não afeta os serviços de atendimento da estatal”.

A empresa informou que pela manhã 82% do efetivo total estava trabalhando regularmente.

Em nota, a direção dos Correios informou ter participado de 10 encontros com os representantes dos trabalhadores para apresentar propostas dentro das condições possíveis, “considerando o prejuízo acumulado na ordem de R$ 3 bilhões”.

A estatal ainda não divulgou balanço sobre os impactos da greve, mas fala em “paralisação parcial”.

Leia mais no G1

 

Foto: Reprodução/Sistema Verdes Mares