Os garimpeiros que estão em garimpos ilegais no território ianomâmi querem ajuda do Exército e da polícia para deixar a região. É que com o bloqueio aéreo eles afirmam estar sem comida.
Assim, com a expectativa de uma grande operação na terra ianomâmi. Com isso, garimpeiros e mulheres que foram para o garimpo cozinhar ou se prostituir, gravaram vários vídeos pedindo socorro às autoridades.
Conforme informações do Estadão e divulgadas pelo MSN, em um vídeo, garimpeiros informaram caminhadas de 30 dias pela floresta e barcos lotados para deixar a área indígena.
E, dessa forma chegar em alguma região urbana, mas muitos doentes e mulheres continuam no garimpo sem ter como sair.
A princípio, o local era abastecido por aeronaves, mas com o bloqueio aéreo, a alimentação não chega mais até as áreas de garimpo onde estão instalados.
Por exemplo, nas imagens, um garimpeiro diz que há ao menos 30 pessoas nos barracos, e dizem dividir sua comida com os indígenas e mostram idosos e crianças yanomami.
Outro grupo de garimpeiros, desta vez de mulheres divulgou um vídeo e uma delas pede que acionem o “recursos humanos” pois estão sem mantimentos.
“Não estão resgatando ninguém, a gente está preso aqui”, afirma.
Além disso, elas relataram ainda a cobrança de R$ 15 mil para deixar o local em um voo de helicóptero e que por serem mulheres, “não vão conseguir” andar por 30 dias.
Contudo, na gravação não é informado em qual região estão.
“Não estão resgatando ninguém, a gente está preso aqui e a gente não vai ter mais alimentação. Os indígenas vão começar a ficar estressados, porque a gente que dá comida para eles. Nos ajudem”.
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Forma pacífica
Conforme a reportagem, Jailson Mesquita, que é o articulador político do Movimento em Roraima, declarou que é preciso socorrer essa população.
Ele diz também que os garimpeiros querem ajuda para deixar o território de forma pacífica.
“Precisamos de uma resposta urgente do governo federal para os garimpeiros ficarem em determinado local em lugar de andarem pela floresta pois correm risco e entram em confronto com indígenas”.
Da sede da área indígena, chamada de Surucucu até Boa Vista, capital de Roraima, são ao menos 280 km — o que dá cerca de 1h30 de voo, ou mais de 8 dias caminhando.
A região é de mata fechada e montanhosa, o que pode agravar o trajeto de fuga dos garimpeiros.
Desse modo, de barco, eles devem enfrentar um percurso de, pelo menos, sete dias pelo rio Uraricoera, um dos rios contaminados por mercúrio na região.
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Foto: Reprodução/Twitter