O buscador do Google faz hoje (3) uma homenagem a uma das principais ativistas indígenas brasileiras: Rosane Mattos Kaingang.
Dessa forma, a defensora dos direitos dos povos originários do Brasil estampa o Doodle do dia.
Conforme o Correio Braziliense, a ilustração da empresa, é feita diariamente pela empresa para comemorar personalidades ou datas comemorativas de todo o mundo.
“Kaingang é lembrada por sua dedicação e amor à comunidade indígena — uma verdadeira guerreira que nunca se calou diante da injustiça e da adversidade”, escreveu o Google na página em que explica a história da ativista.
Nesse sentido, a homenagem marca o início do ativismo de Rosane: há 30 anos, em 3 de junho de 1992, ela participou da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, sediada no Rio de Janeiro.
Com isso, chamou a atenção de autoridades do mundo para os direitos dos povos indígenas.
Por exemplo, na época, para aqueles que residem no sul do país, onde o povo Kaingang habita.
Foto: Google
Organização dos povos originários
Desse modo, de lá até 2016, ano em que a ativista faleceu, aos 54 anos, em Brasília, Rosane foi incansável em não só exigir as garantias de terra, educação e saúde aos indígenas, mas também em criar e consolidar estruturas que permitiriam a organização dos povos originários para a conquista de direitos.
Como resultado, um exemplo disso é a criação do Conselho Nacional de Mulheres Indígenas do Brasil (Conami), na qual foi uma das fundadoras e a criação da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), em 2009.
Além disso, ela também foi uma das responsáveis pela ampliação da atuação da Funai , órgão no qual ingressou em 2001.
Lá ocupou o cargo de coordenadora-geral de desenvolvimento comunitário entre 2005 e 2007. Nessa posição, ela também criou uma estrutura para apoiar projetos de mulheres indígenas e incentivar a organização política delas.
Ao mesmo tempo, Rosane trabalhou, também, na Articulação dos Povos Indígenas do Sul (Arpinsul).
Assim, em 2016, ano de sua morte, ela atuou em uma missão do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH). E, portanto, investigou as condições de vida e violações aos direitos dos povos indígenas no sul do Brasil.
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Foto: ISA/Reprodução