Governadores decidem descongelar ICMS sobre combustíveis
Governador do Piauí disse que a resposta ao congelamento "foi aumento, aumento mais aumento nos preços dos combustíveis”

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 14/01/2022 às 18:12 | Atualizado em: 14/01/2022 às 18:12
Os governadores decidiram, nesta sexta-feira (14/1), por maioria, acabar com o congelamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis a partir de fevereiro. A decisão foi definida em reunião do Comitê Nacional dos Secretários Estaduais de Fazenda (Comsefaz) e publicada no Metrópoles.
Em novembro passado, os estados decidiram suspender reajustes do imposto para tentar reduzir o preço da gasolina, que já estava em alta.
“Fizemos nossa parte: congelamento do preço de referência para ICMS, [mas] não valorizaram este gesto concreto, não respeitaram o povo. A resposta foi aumento, aumento mais aumento nos preços dos combustíveis”, disse o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), coordenador do Fórum Nacional dos Governadores.
“Assim, a maioria dos estados votou para manter a regra do ICMS até 31 de janeiro de 2022, considerando fechamento do governo para o diálogo e sucessivos aumentos do combustível sem preocupação do impacto econômico e social no aumento dos preços”, acrescentou.
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A Petrobrás reajustou, na última quarta-feira (12/1), o preço dos combustíveis nas refinarias: a alta foi de 4,85% para a gasolina e de 8,08% para o diesel.
“Quem está ficando com o benefício, o povo? Não, só está servindo para aumentar lucros da Petrobrás. Para que o aumento dos combustíveis que foram dados? Para manter e aumentar os bilhões de lucros da Petrobrás! Onde está o interesse, o compromisso público?”, criticou Dias.
Foto: Comsefaz/reprodução