Governo Lula fortalece relaĂ§Ă£o com Senado para aprovar pautas

Fernando Haddad se reuniu com senadores na casa de Alcolumbre para apresentar a agenda econĂ´mica do governo e negociar apoio polĂ­tico no Congresso.

Publicado em: 11/02/2025 Ă s 17:14 | Atualizado em: 11/02/2025 Ă s 17:19

Um encontro na residĂªncia oficial do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (UniĂ£o Brasil-AP), revelou a intensificaĂ§Ă£o da articulaĂ§Ă£o polĂ­tica do governo Lula para consolidar sua agenda econĂ´mica no Congresso. Em um cafĂ© da tarde estratĂ©gico, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou as 25 iniciativas prioritĂ¡rias da Ă¡rea econĂ´mica para 2025 e 2026 a lĂ­deres de bancadas e futuros presidentes de comissões, incluindo parlamentares tanto da base aliada quanto da oposiĂ§Ă£o.

A movimentaĂ§Ă£o reforça um padrĂ£o jĂ¡ visto na CĂ¢mara dos Deputados, onde o governo busca aproximar o Legislativo de suas pautas econĂ´micas por meio de negociações diretas.

Durante o encontro, Haddad ouviu pedidos para que propostas de senadores fossem incorporadas Ă  agenda, uma sinalizaĂ§Ă£o de que o Planalto estĂ¡ disposto a flexibilizar pontos para garantir maior adesĂ£o parlamentar.

Alcolumbre, figura central nessa costura polĂ­tica, reforçou a necessidade de alinhamento entre o governo e o Congresso, destacando o papel do Senado na construĂ§Ă£o de polĂ­ticas pĂºblicas eficazes.

Sua declaraĂ§Ă£o de que o Parlamento deve “colaborar e contribuir” com a agenda do Executivo sugere um esforço para evitar entraves legislativos em um cenĂ¡rio de base governista instĂ¡vel.

A presença de ministros como Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), alĂ©m do secretĂ¡rio-executivo da Fazenda, Dario Durigan, demonstra o peso da articulaĂ§Ă£o e a tentativa de garantir que a pauta econĂ´mica avance sem grandes obstĂ¡culos.

Com um Congresso cada vez mais fragmentado e disputas internas dentro da base aliada, essa aproximaĂ§Ă£o pode ser determinante para a viabilidade das reformas econĂ´micas planejadas pelo governo Lula.

O sucesso dessa costura dependerĂ¡, no entanto, da capacidade do governo de oferecer contrapartidas polĂ­ticas aos parlamentares e da disposiĂ§Ă£o do Senado em manter um canal aberto com o Executivo.

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Nos bastidores, a expectativa Ă© de que novas reuniões como essa aconteçam nos prĂ³ximos meses, definindo os rumos da economia e da governabilidade nos Ăºltimos anos do atual mandato.

Os participantes

Fernando Haddad, ministro da Fazenda;

Alexandre Padilha, ministro de Relações Institucionais;

Simone Tebet, ministra de Planejamento e Orçamento;

Davi Alcolumbre (UniĂ£o Brasil-AP), presidente do Senado;

Eduardo Gomes (PL-TO), primeiro vice-presidente do Senado;

Humberto Costa (PT-PE), segundo vice-presidente do Senado;

Daniella Ribeiro (PSD-PB), primeira secretĂ¡ria do Senado;

ConfĂºcio Moura (MDB-RO), segundo secretĂ¡rio do Senado;

LaĂ©rcio Oliveira (PP-SE), quarto secretĂ¡rio do Senado;

Jaques Wagner (PT-BA), lĂ­der do governo no Senado;

Randolfe Rodrigues (PT-AP), lĂ­der do governo no Congresso;

Carlos Portinho (RJ), lĂ­der do PL;

Tereza Cristina (MS), lĂ­der do PP;

Mecias de Jesus (RR), lĂ­der do Republicanos;

Carlos Viana (MG), lĂ­der do Podemos;

Omar Aziz (AM), lĂ­der do PSD;

Eduardo Braga (AM), lĂ­der do MDB;

RogĂ©rio Carvalho (SE), lĂ­der do PT;

Efraim Filho (PB), lĂ­der do UniĂ£o Brasil;

Weverton Rocha (MA), lĂ­der do PDT;

Otto Alencar (PSD-BA), futuro presidente da ComissĂ£o de ConstituiĂ§Ă£o e Justiça (CCJ);

Renan Calheiros (MDB-AL), futuro presidente da ComissĂ£o de Assuntos EconĂ´micos (CAE);

Marcelo Castro (MDB-PI), futuro presidente da ComissĂ£o de Assuntos Sociais (CAS);

Zequinha Marinho (PL-PA), futuro presidente da ComissĂ£o de Agricultura e Reforma AgrĂ¡ria (CRA).

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Foto: Pedro Gontijo/Senado Federal