Ianomâmis: comissão adia início de trabalho e aumenta membros

Análise ocorrerá após colegiado ter todos os nomes indicados

Ferreira Gabriel

Publicado em: 02/03/2023 às 12:55 | Atualizado em: 02/03/2023 às 12:55

O início dos trabalhos de comissão do Senado que vai acompanhar a situação dos Ianomâmi e a saída dos garimpeiros da terra indígena foi adiada nesta quarta-feira (1º).

O impasse na composição do grupo impediu a continuidade. A informação é da Agência Brasil.

O documento chegou a ser lido pelo relator senador Dr. Hiran ( PP-RR), mas após contestação da senadora Eliziane Gama (PSD-MA), a votação do cronograma foi adiada para a próxima terça-feira (7).

Para a senadora, o plano deveria ser votado somente após o colegiado ter todos os nomes indicados.

Inicialmente, o colegiado teria cinco senadores, mas no último dia 28 de fevereiro, o Senado aprovou em plenário o requerimento da senadora de aumentar para oito membros. O pedido partiu dela e do senador Humberto Costa (PT-PE). 

Segundo os parlamentares, a atual formação tem maioria da bancada de Roraima, inclusive parlamentares acusados de ter ligação direta com garimpeiros. 

No requerimento, Eliziane Gama destaca a recomendação do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), para uma mudança da estrutura do colegiado justamente para evitar que se tornasse uma comissão pró-garimpo. Ela argumenta que o motivo da expansão da comissão serve para alcançar uma “maior participação e representatividade parlamentar e, consequentemente, aprimorar o trabalho da Comissão em prol da construção de soluções para a atual crise humanitária Ianomâmi”.

Como há três vagas e, pelo menos, quatro senadores pleiteando as cadeiras – Damares Alves ( Republicanos DF), Marcos Pontes ( PL-SP), Leila Barros ( PDT-DF) e Fabiano Contarato (PT-ES) – caberá ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) indicar os nomes entre os candidatos. A expectativa dos senadores é que isso seja feito ainda nesta semana.

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