Modelo de partilha do petróleo afasta estrangeiros, diz Guedes
Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 07/11/2019 às 17:00 | Atualizado em: 07/11/2019 às 17:00
O leilão da cessão onerosa da exploração do petróleo do pré-sal rendeu ao governo brasileiro quase R$ 70 bilhões, no entanto, houve a decepção de que o modelo de partilha não atraiu empresas estrangeiras para o pregão dessa quarta-feira (6). Essa conclusão é do ministro da Economia, Paulo Guedes, ao analisar a situação nesta quinta-feira (7).
Para Guedes, o leilão foi “extraordinário” pelo valor arrecadado, o maior bônus de assinatura da história, segundo publicação do portal G1.
Das quatro áreas que foram a leilão, apenas duas foram arrematadas, ambas pela estatal brasileira.
Guedes ponderou que a ausência das empresas estrangeiras, que ele chamou de os 17 gigantes mundiais do setor de petróleo, mostram que o sistema escolhido é “complicado”.
No modelo de partilha, a empresa paga um bônus à União ao assinar o contrato e faz a exploração por sua conta e risco. Se achar petróleo, será remunerada em petróleo pela União por seus custos. Além disso, receberá mais uma parcela, que é seu ganho. O restante fica para a União.
Já no modelo de concessão, debatido como alternativa à partilha, a União leiloa o direito de explorar áreas a empresas, que pagam um valor inicial, que depende do risco que correm com a exploração.
Foto: Fabio Pozzebom/ABr