Moraes nega pedido por Bolsonaro e manda Aras parar de investigar
A intenção era fazer com que Alexandre de Moraes, o ministro-relator do inquérito contra o presidente da República, parasse as investigações

Publicado em: 14/12/2021 às 20:23 | Atualizado em: 14/12/2021 às 20:36
O procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, afirmou ao STF que estava fazendo “investigação preliminar” contra Bolsonaro sobre fake news.
A intenção era fazer com que Alexandre de Moraes, o ministro-relator do inquérito contra o presidente da República, parasse as investigações.
Contudo, Moraes não só negou o pedido de Aras por Bolsonaro e decidiu hoje (14) dar continuidade ao inquérito de fake news do presidente sobre vacinas da covid.
O episódio central é aquele em que Bolsonaro relacionou, em outubro, as vacinas a um “risco ampliado” de se desenvolver aids. Trata-se, portanto, de fake news das grandes.
Logo em seguida, o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, foi dos primeiros a desmentir Bolsonaro publicamente. Conforme disse, as vacinas usadas no Brasil são seguras e nenhuma aumenta a “propensão de ter outras doenças”.
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Aras, dessa forma, recorria da abertura da investigação. A Moraes, disse que estava tomando providências contra Bolsonaro, como apontou a CPI da covid. Segundo o titular da PGR, ele não estava sendo inerte nem omisso.
O ministro do STF, contrariamente, afirmou que Aras fez apuração superficial e logo mandou arquivar o caso. Nem sequer submeteu as investigações ao Judiciário.
Como resultado, Moraes está encaminhando o inquérito para que a Polícia Federal dê sequência às apurações.
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Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil