A nova onda de covid-19, em Manaus, aumenta temor de demissão entre os trabalhadores da Zona Franca. Desde meados do mês passado, quando a crise sanitária se instalou na cidade.
Enquanto isso, a rotina da indústria varia de acordo com a pandemia.
Até este domingo (7), por exemplo, as fábricas de produtos não essenciais, como eletroeletrônicos, eletrodomésticos, celulares, motocicletas, bicicletas, equipamentos de informática só podiam trabalhar 12 horas, entre 6h e 19h.
A partir desta segunda-feira (8), o novo decreto do governo do Estado, válido por 7 dias, permite a indústria trabalhar 24 horas, mas com ajuste de turnos. Isso porque os trabalhadores não podem se deslocar durante o toque de recolher, entre 19h e 6h.
Flexibilização
“Houve flexibilização porque os números da pandemia estagnaram, mas não melhoraram”, afirma o presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), José Jorge do Nascimento Jr.
Ele enfatiza que o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), ressalvou que, se houver piora, o funcionamento das indústrias voltará a ter restrições. “Se tivermos de parar, vamos parar”, diz Nascimento.
Já o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Estado do Amazonas, Valdemir Santana, calcula que, com as novas regras, será possível trabalhar dois turnos estendidos.
Com a flexibilização desta semana, o sindicalista acredita que o “risco de desemprego de temporários diminuiu sensivelmente”. Antes das mudanças, ele dizia que havia 6 mil temporários ameaçados.
Neste domingo, ele cortou o número pela metade.
Eletrônicos
A segunda onda de covid-19 em Manaus (AM), muito mais grave do que a primeira de 2020, desestabilizou a produção da indústria da Zona Franca neste início de ano, num momento em que as fábricas estavam a todo vapor.
Afinal, é na Zona Franca que são produzidos todos os televisores, aparelhos de ar condicionado e motocicletas do País e também boa parte dos telefones celulares, notebooks e fornos de micro-ondas.
Foto: Divulgação/Suframa