Após acordo sobre a carga horária das matérias obrigatórias, a Câmara dos Deputados aprovou, nessa quarta-feira (20/3), o projeto de lei (PL) que institui as alterações no chamado Novo Ensino Médio.
O texto segue para ser apreciado pelo Senado Federal. Enviado pelo governo federal em outubro de 2023, o projeto busca modernizar a lei do Novo Ensino Médio, sancionada em 2017.
Entre as mudanças propostas, estão ajustes na carga horária e na oferta de itinerários formativos.
Desde a aprovação em 2017, o sistema educacional tem passado por uma série de debates e ajustes para se adequar às necessidades contemporâneas dos estudantes e do mercado de trabalho.
Uma das mudanças mais destacadas no projeto é a revisão da carga horária das matérias obrigatórias. Atualmente, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) define um total de 1.800 horas para a formação geral básica, direcionando 1.200 horas para os itinerários de formação, após a reforma do ensino médio de 2017.
Com as novas diretrizes, a carga horária total do ensino médio permanece em 3.000 horas, distribuídas ao longo dos três anos letivos.
No entanto, há um aumento na carga horária da formação geral básica, que passa para 2.400 horas, enquanto as 600 horas restantes são destinadas ao aprofundamento em uma das áreas de conhecimento, escolhida pelo aluno.
Outro aspecto relevante do projeto é a oferta de itinerários formativos.
Os estudantes poderão escolher entre quatro áreas de conhecimento para se aprofundar: linguagens e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; ou ciências humanas e sociais aplicadas.
Essa flexibilidade permite uma maior personalização do currículo, possibilitando que os alunos explorem áreas de interesse específicas e se preparem melhor para o futuro acadêmico e profissional.
Além disso, o projeto também prevê a continuidade do ensino técnico e profissionalizante, garantindo aos estudantes uma formação mais completa e alinhada às demandas do mercado de trabalho.
Com isso, espera-se que os jovens tenham mais oportunidades de inserção e sucesso no mundo profissional após a conclusão do ensino médio.
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No entanto, o projeto ainda enfrenta algumas críticas e desafios.
Algumas questões, como a implementação efetiva das mudanças propostas e a garantia de igualdade de acesso à educação de qualidade, ainda precisam ser cuidadosamente consideradas e debatidas.
É essencial que o governo, as instituições educacionais e a sociedade civil trabalhem juntos para garantir que as reformas no ensino médio promovam verdadeiramente a qualidade e a equidade na educação brasileira.
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Foto: divulgação