Parentes do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira , desaparecidos há uma semana no Vale do Javari, no Amazonas, cederam material genético para servir de referência para o exame de DNA do sangue encontrado pela Polícia Federal na lancha do pescador Amarildo da Costa de Oliveira, de 41 anos, conhecido como “Pelado”.
Familiares do jornalista britânico submeteram-se à coleta em Salvador (BA), e os parentes de Bruno, em Recife (PE).
Suspeito de ser o responsável pelo desaparecimento da dupla, o pescador teve a prisão temporária decretada na última quinta-feira (09), por suspeita de envolvimento no caso.
Dom e Bruno estão desaparecidos desde o domingo (05/6). Eles trabalhavam na produção de um livro e de uma reportagem no Vale do Javari.
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Na noite de sexta, a PF informou que material humano e sangue foram encontrados na lancha e encaminhados para análise pericial pelo Instituto Nacional de Criminalística da corporação.
As buscas pelo Vale do Javari prosseguem pelo rio e com helicópteros.
“Apesar de veicular publicamente que está trabalhando neste sentido, o governo federal não está, de fato, empreendendo os esforços necessários”. É o que diz Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib ).
Nesse sentido, a entidade denunciou o governo ao Superior Tribunal Federal (STF) de fazer “corpo mole” na busca pelo indigenista Bruno Pereira e pelo jornalista britânico Dom Phillips, que desapareceram no Vale do Javari.
De acordo com publicação do Uol, na petição, a entidade diz que o governo federal não está empenhando “os esforços necessários” nas buscas.
Do mesmo modo afirma que não usaram de maneira eficiente as aeronaves disponíveis e que há poucos barcos e agentes públicos atuando no caso.
Então, a entidade enviou o documento ao ministro Luís Roberto Barroso, que é relator de uma ação que aponta omissão do governo federal no combate à covid-19 em terras indígenas.
Dessa forma, para a Apib, o apoio do governo é fundamental para salvar Bruno e Dom , desaparecidos no Vale do Javari, desde o último domingo(5).
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Foto: reprodução/Funai e Twitter