Apadrinhados políticos dominam controle de agências reguladoras

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Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 23/07/2018 às 05:30 | Atualizado em: 23/07/2018 às 05:30

De 40 cargos de direção executiva de oito das 11 agências reguladoras do governo, 35 vagas são ocupadas por pessoas indicadas por partidos e políticos. O MDB dos presidentes da República, Michel Temer, e do Senado, Eunício Oliveira, é o campeão de apadrinhados, com o PT e PR em seguida.

Políticos implicados em denúncias de crimes no âmbito da operação Lava Jato, investigados no Supremo Tribunal Federal (STF), como os senadores Renan Calheiros (AL), Romero Jucá (RR), Valdir Raupp (RO), Edison Lobão (MA), Paulo Maluf (SP) e outros, além de ex-presidentes da República, como José Sarney e Dilma Rousseff, até hoje mantêm cotas nesse loteamento.

Pelo Amazonas, o único citado pelo levantamento feito por O Globo neste domingo, dia 22, é o senador Eduardo Braga (MDB), ex-ministro das Minas e Energia e hoje pré-candidato à reeleição.

As agências foram criadas para controlar a qualidade dos serviços prestados à população em energia elétrica, telecomunicações, petróleo, rodovias, ferrovias e aeroportos, e outros setores.

A importância maior desses órgãos está na definição de regras para o meio empresarial da iniciativa privada que representam quase 60% do Produto Interno Bruto (PIB). E podem fazer licitação e firmar contratos.

Conheça como os cargos são loteados e quem são os padrinhos políticos dos indicados na reportagem de O Globo.

 

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Foto: Reprodução/O Globo