Promotora deixa investigação do MP insegura, diz jurista

Carmen

Publicado em: 01/11/2019 às 10:56 | Atualizado em: 01/11/2019 às 10:56

A promotora Carmen Eliza Bastos, uma das que desqualificou o depoimento do porteiro que citou o presidente Jair Bolsonaro (PSL) no caso Marielle, fez campanha para o presidente ao utilizar uma camiseta de propaganda eleitoral.

Ela também comemorou a eleição de Bolsonaro, dizendo que o país estava se livrando dos “esquerdopatas” e ainda posou para foto com o deputado estadual Rodrigo Amorim, que, no ano passado, quebrou uma placa em homenagem a Marielle.

“Os casos são graves e deixam a sociedade insegura em relação às investigações ao pôr em xeque a imparcialidade da promotora”, avaliou Antonio Rodrigo Machado, professor do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP).

Em companhia de outras duas promotoras, ela acusou na quarta-feira, dia 30, o porteiro de mentir que a entrada de um dos suspeitos de matar a vereadora e seu motorista no condomínio onde morava Bolsonaro foi autorizada por um “senhor Jair”.  A investigação foi arquivada.

Para Antonio Rodrigo, a foto ao lado do deputado Amorim é mais grave do que o apoio a Bolsonaro. É preciso saber, segundo o advogado, se há uma relação pessoal entre os dois. O episódio exige uma posição do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), defendeu.

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Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal