O senadores Omar Aziz (PSD) e Eduardo Braga (MDB), e o deputado Marcelo Ramos (PL)) são os representantes do Amazonas na comissão mista especial que discutirá a reforma tributária do país com outros 47 congressistas.
A comissão foi instalada, nesta quarta-feira (19), pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (na foto com Omar e Braga ).
Omar Aziz já faz parte da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) como presidente e é titular e suplente em outras comissões.
Eduardo Braga compõe também a CAE e é membro da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) entre outras comissões nas quais é titular e suplente.
O deputado Marcelo Ramos teve atuação marcante na comissão especial da reforma da Previdência e faz parte da CPMI das Fake News, da PEC da prisão em segunda instância, além de exercer cargo em várias outras comissões da Câmara.
Marcelo Ramos ganha mais uma missão na Câmara Foto: Pablo Valadares/Agência Brasil
O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) recebeu a informação de que todos os partidos já haviam indicado os 50 membros (25 senadores e 25 deputados) do colegiado e, com isso, deu sinal verde para o início dos trabalhos, o que ocorre com a instalação. As informações são da Agência Brasi l e Agência Senado .
A primeira reunião da comissão ocorrerá logo após o carnaval, de acordo com seu presidente, o senador Roberto Rocha (PSDB-MA).
Serão 45 dias para que os 50 parlamentares cheguem a uma proposta única, utilizando elementos de textos já existentes na Câmara e no Senado sobre o assunto.
A palavra de ordem de Rocha e do relator da comissão, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) é convergência.
Segundo o presidente da comissão, a ideia é simplificar a tributação aos consumidores e também para as exportações.
“Nós temos que desonerar os mais pobres, desonerar exportações e, ao mesmo tempo, fazer com que esse sistema ofereça ao Brasil competitividade no plano mundial”.
O senador tucano também afastou a possibilidade de o governo mandar uma outra proposta de reforma tributária. Seriam, nesse caso, três propostas na mesa.
“Ao final, quem tem três não tem nenhuma”, disse. Ele disse já ter conversado com o presidente da República, Jair Bolsonaro, e o orientado a apresentar sugestões de pontos interessantes ao governo.
Relator
Já Aguinaldo reforçou que os empresários também precisarem fazer sua parte nas reformas, em alusão a uma declaração feita há alguns dias pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
Ao mesmo tempo, o deputado disse que nenhum setor deve temer a proposta de reforma.
“Ninguém tem o que temer. Quem tem o que temer é a sociedade brasileira no sistema atual. Uma sociedade extremamente desigual, onde quem é mais rico paga menos e quem é mais pobre paga mais”.
Tramitação
Após os 45 dias, a Proposta de Emenda da Constituição (PEC) já preparada pela comissão vai à Câmara dos Deputados, onde passará pelos trâmites tradicionais: Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), comissão especial e plenário. Caso aprovada, segue para o Senado, onde seguirá para CCJ da Casa e, em seguida, para o plenário.
A comissão estava prevista para ser instalada no começo deste mês, um dia depois do início do ano legislativo.
A falta de acordo, entretanto, entre os representantes da Câmara e do Senado atrasou o início dos trabalhos.
O presidente da comissão já adiantou que o tempo será curto.
“Esse ano só tem até o meio. Porque na outra metade temos eleições municipais e essa comissão vai concorrer com a agenda de pré-campanha”.
Ele, no entanto, afirmou que já existem discussões sobre a proposta e consensos já estão sendo formados.
Influência
Prioridade do governo no Congresso, em 2020, a discussão em torno de uma reforma tributária, ganhou força no ano passado após a aprovação da reforma da Previdência.
Tanto a Câmara dos Deputados quanto o Senado têm propostas de emendas à Constituição sobre a reforma tributária, a PEC 45/2019 e a PEC 110/2019, respectivamente.
Ambas propõem a extinção de diversos tributos que incidem sobre bens e serviços, que seriam substituídos por um imposto único sobre o valor agregado.
Os textos serão discutidos agora na comissão mista especial.
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Foto: Marcos Brandão/Agência Senado