Ex-presidente Collor pega quase 9 anos de cadeia por corrupĂ§Ă£o, decide STF

Collor tambĂ©m foi considerado culpado por associaĂ§Ă£o criminosa, mas, devido Ă  reduĂ§Ă£o do tempo de prescriĂ§Ă£o por sua idade, nĂ£o responderĂ¡ mais por esse crime.

Publicado em: 31/05/2023 Ă s 19:42 | Atualizado em: 31/05/2023 Ă s 19:42

O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o ex-presidente Fernando Collor de Mello seja condenado a 8 anos e 10 meses de prisĂ£o, em regime inicial fechado, pelos crimes de corrupĂ§Ă£o passiva e lavagem de dinheiro. A matĂ©ria de Renato Souza e Luana Patriolino foi publicada no Correio Braziliense.

A decisĂ£o foi baseada no entendimento mĂ©dio dos votos dos magistrados.

Collor tambĂ©m foi considerado culpado por associaĂ§Ă£o criminosa, mas devido Ă  reduĂ§Ă£o do tempo de prescriĂ§Ă£o por ter mais de 70 anos, ele nĂ£o poderĂ¡ responder por esse crime.

A pena total nĂ£o sofrerĂ¡ alterações, e restam dois recursos, embargos de declaraĂ§Ă£o, que nĂ£o tĂªm o poder de reverter a condenaĂ§Ă£o.

AlĂ©m da prisĂ£o, Collor tambĂ©m terĂ¡ que pagar uma multa equivalente a 90 dias de seu salĂ¡rio.

A condenaĂ§Ă£o estĂ¡ relacionada ao recebimento de R$ 20 milhões em propina da BR Distribuidora durante seu mandato como parlamentar.

Collor, que tem uma longa trajetĂ³ria polĂ­tica de 44 anos, foi eleito presidente em 1989.

O relator da aĂ§Ă£o, ministro Edson Fachin, destacou que hĂ¡ provas suficientes para sustentar as acusações, afirmando que os recursos provenientes de vantagens indevidas eram ocultados como se fossem lĂ­citos.

A Procuradoria-Geral da RepĂºblica (PGR) argumentou que Collor recebeu os repasses entre 2010 e 2014, perĂ­odo em que ele havia indicado diretores da BR Distribuidora.

A pena solicitada pela PGR foi de 22 anos de prisĂ£o, enquanto o ministro Fachin propĂ´s uma pena de 33 anos.

O ministro Gilmar Mendes discordou, alegando a falta de provas suficientes das acusações contra Collor e outros investigados.

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JĂ¡ o ministro Alexandre de Moraes decidiu inocentar o ex-senador do crime de organizaĂ§Ă£o criminosa, concordando com as acusações de corrupĂ§Ă£o passiva e lavagem de dinheiro.

Foto: ParaĂ­ba NotĂ­cias