Propina de R$ 29 milhões pode render 22 anos de prisão a Collor no STF

Julgamento vai definir se o ex-senador será condenado pelo tribunal

Collor é condenado no STF por corrupção. Falta definir pena

Mariane Veiga

Publicado em: 10/05/2023 às 22:30 | Atualizado em: 10/05/2023 às 22:39

O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar nesta quarta-feira (10) a ação penal aberta pela Corte contra o ex-senador Fernando Collor pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O julgamento vai definir se Collor será condenado pelo tribunal.

Na sessão de hoje, somente a Procuradoria-Geral da República (PGR) se pronunciou e defendeu a condenação de Collor, que também é ex-presidente da República. Em seguida, o julgamento foi suspenso e será retomado nesta quinta-feira (11).

Conforme denúncia aceita pelo STF em agosto de 2017, o ex-parlamentar teria recebido R$ 29 milhões em propina pela suposta influência política na BR Distribuidora, empresa subsidiária da Petrobrás. O caso é oriundo das investigações da Operação Lava Jato.

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Pedido condenação

Durante a sessão, a vice-procuradora-geral da República, Lindora Araújo, pediu a condenação de Collor.

De acordo com a vice-procuradora, as provas não estão baseadas unicamente em delações premiadas, mas em documentos.

“Foi comprovado o pagamento de propinas para o grupo da organização criminosa, chefiada então por Fernando Collor, nas negociações para troca de bandeiras de postos de gasolina e construção de bases de distribuição de combustíveis”, afirmou.

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Foto: Valter Campanato/Agência Brasil