O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retoma, nesta terça (30), o julgamento de ações que pedem a cassação da chapa Bolsonaro-Mourão.
Dessa forma, a preocupação do governo é que as denúncias podem ser potencializadas por provas colhidas pelo Superior Tribunal Federal (STF).
Isso no caso da acusação de divulgação de fake news nas eleições de 2018.
Ao todo, sete ações envolvendo a chapa do presidente Jair Bolsonaro, que estão em curso no TSE, devem prolongar a apreensão do Executivo.
No entanto, o que causou, ainda, mais tensão foi a decisão do ministro Og Fernandes, relator das ações, de solicitar ao STF o compartilhamento de informações.
Conforme avaliação do Planalto, o fato de a apuração ter como alvo apoiadores de Bolsonaro pode servir para potencializar as acusações e dar mais fundamento para o avanço do processo.
De acordo com Bolsonaro, existe “um complô” para tirá-lo do governo e as articulações passam por ações eleitorais.
Os processos relacionados aos disparos em massa estão, ainda, em estágio de investigação e podem ser concluídos entre este último semestre e o primeiro de 2021.
A expectativa é de que eles fiquem por último, justamente por serem os mais polêmicos e que necessitam de maior apuração.
A Corte já começou a votar uma das ações, que trata da invasão do grupo “Mulheres Unidas Contra Bolsonaro”, responsável por reunir 2,7 milhões de membros no Facebook durante a campanha.
A alegação de chapas que também disputaram o pleito foi de que hackers trocaram o nome para “Mulheres com Bolsonaro”.
Desse modo, para Og Fernandes, não ficou caracterizada a participação ou aval de Bolsonaro no ato.
O julgamento foi interrompido por um pedido de vistas, do ministro Alexandre de Moraes. Mas, como ele já devolveu o processo, o julgamento continuará amanhã.
Na semana passada, o TSE também rejeitou, por unanimidade, ações que acusavam a chapa Bolsonaro-Mourão de ter se beneficiado de outdoors espalhados por todo o país.
Leia no Correio Braziliense.
Leia mais
Foto: Isac Nóbrega/Presidência da República