A Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou, na quarta-feira (12), o título de persona non grata ao ex-ministro da Educação Abraham Weintraub.
A princípio, esse título inédito foi devido às críticas à capital do país durante sua gestão. Portanto vieram a público no vídeo da reunião ministerial de 22 de abril. Este, portanto, foi divulgado por determinação do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal.
O deputado Chico Vigilante (PT), autor da moção, aprovada por unanimidade pela Câmara Legislativa, disse que ficou “indignado com o ataque que o ex-ministro fez a Brasília”.
“Esse povo não merece um ataque covarde como esse. O que me deixou mais espantado é um ministro da Educação ter dito aquilo, em um ato solene, como é uma reunião ministerial. Se ele não fosse tão covarde, deveria ter ido embora da cidade antes. A cidade o acolheu muito bem, apesar das atrocidades que ele cometeu aqui, como a vez em que saiu sem máscara na esplanada e distribuiu Covid-19 por aí. Ficou muito claro o ódio que ele tem por Brasília”, afirmou o deputado distrital.
A propósito, na reunião interministerial do dia 22 de abril, Weintraub chamou Brasília de “porcaria”.
“Eu não quero ser escravo nesse país. E acabar com essa porcaria que é Brasília. Isso daqui é um cancro de corrupção, de privilégio. Eu tinha uma visão extremamente negativa de Brasília. Brasília é muito pior do que eu podia imaginar. As pessoas aqui perdem a percepção, a empatia, a relação com o povo. Se sentem inexpugnáveis”, disse o ex-ministro.
Weintraub deixou o Ministério da Educação em junho. Posteriormente ele assumiu o cargo de diretor-executivo do Banco Mundial. Até o momento, ele não se manifestou sobre o título recebido.
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Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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