Um dos mais de 50 advogados que atuam no processo envolvendo Wilson Lima (PSC) em suposta irregularidade em compra de respiradores na pandemia o jurista Júnior Fernandes é taxativo: “Não há provas contra o governador”.
Por isso, acrescenta, a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra Wilson deverá ser arquivada.
Fernandes aponta, inclusive, a existência de aberrações no processo.
Uma delas, explica, a falsa narrativa de que o governador comprou os equipamentos em uma loja de vinhos.
“O governo não comprou respiradores em loja de vinho. A loja de vinhos funciona no mesmo prédio, é do mesmo dono da de respiradores, mas são empresas diferentes”, diz ele, acrescentando.
“Além disso, empresa que vendeu os respiradores há muito fornece equipamentos médicos para a Prefeitura de Manaus e para o Governo do Estado. Então, não é uma empresa inventada para fazer negócio na pandemia”, sustenta.
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Adiamento
Júnior Fernandes avalia também que há possibilidade do julgamento marcado para a manhã desta segunda-feira, dia 20, ser adiado.
De acordo com ele, existe uma questão de ordem feita pelos advogados do governador.
Eles alegam que não tiveram acesso a peças do processo e que isso pode prejudicar a ampla defesa.
“Não há nem dentro nem fora dos autos qualquer indício de provas de que o governador participou de ilícito em compras de respiradores , se é que existe irregularidade , tudo disse me disse”, conclui.
Foto: Marcello Casal/Agência Brasil